MARAVILHA DO UNIVERSO

MARAVILHA DO UNIVERSO
Contemple a Maravilha do Universo

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

ESTRELA ESPLODE E PODERÁ SER OBSERVADA DURANTE SEMANAS


Recentemente, uma notícia surpreendente fez centenas de astrônomos amadores e profissionais voltarem seus telescópios para a região da
 galáxia do catavento M101. E não era para menos. Ali, sem dar qualquer


 aviso prévio, uma estrela muito maior que nosso Sol explodiu, em um dos eventos mais energéticos do Universo.Supernova PTF 11kly





Batizada de supernova PTF 11kly, o objeto foi descoberto através de 
imagens captadas pelo telescópio robótico de 1200 milímetros Samuel 
Oschin, localizado em Monte Palomar, na Califórnia. O instrumento faz 
parte do complexo Palomar Transient Factory (PTF), que tem como objetivo 
vasculhar automaticamente o céu em busca de novos objetos.
A rápida detecção de PTF 11kly a torna uma das supernovas que mais 
rapidamente foram registradas após a ignição. Além disso, por se localizar 
a apenas 27 milhões de anos-luz da Terra faz com que seja uma das mais 
próximas supernovas observada em décadas.
As primeiras observações demonstraram que 11kly PTF é uma supernova do
 tipo Ia, uma subcategoria de explosão produzida por uma estrela do tipo
 anã-branca, com até 10 massas solares.
Por apresentarem luminosidade bastante estável, as supernovas desse 
tipo são usadas como "velas padrão" para medir a distância entre as galáxias, 
já que a magnitude aparente das supernovas depende principalmente da 
distância em que se encontram.

Supernova PTF 11kly

Se as primeiras indicações estiverem corretas, PTF 11kly deve brilhar durante 
várias semanas próxima da magnitude 10, tornando-se possível observa-la
 com telescópios de tamanho moderado. Sua posição celeste é:
 Ascensão Reta 4h 03m 05.8s, Declinação: +54° 16' 25? ou a cerca de 
4.4 arco minutos do sul de M101.



A Morte de uma Estrela

A morte de uma estrela é predeterminada logo no seu nascimento através 
do seu tamanho e das características da usina de força que a mantém 
brilhando durante toda sua vida. As estrelas, entre as quais o nosso 
Sol, são alimentadas pela fusão dos átomos de hidrogênio que se transformam 
em hélio sob o intenso calor e pressão encontrados do núcleo estelar.
 Entretanto, o hélio produzido é ligeiramente mais leve que as massas de
 quatro núcleos de hidrogênio necessários à sua produção. A partir de 
teoria da relatividade de Einstein, E = MC2, sabemos que a falta dessa 
massa é transformada em energia.
Supernova

Estrelas similares ao nosso Sol terminam sua vida quando consomem totalmente
 suas reservas de hidrogênio, ardendo em uma silenciosa e gigantesca 
expansão de diâmetro. No entanto, estrelas com oito ou mais vezes a massa
 solar, como PTF 11kly, finalizam sua vida de modo muito mais cataclísmico.
A fusão nuclear continua mesmo após a exaustão do hidrogênio, 
produzindo elementos pesados em diferentes camadas. O processo continua
 até que o núcleo estelar se transforme em ferro, quando então outro fenômeno 
ocorre: devido à descomunal temperatura e pressão, os átomos do ferro 
também se rompem em seus componentes prótons e nêutrons. Quando isso 
acontece as camadas superiores ao núcleo desmoronam, lançando ao espaço 
o resto do material estelar, produzindo um poderoso clarão chamado 
flash da supernova.
A explosão é descomunal. Em poucos dias a supernova libera mais energia
 que nosso Sol em toda a sua vida. A explosão é tão brilhante que mesmo 
ocorrendo a centenas de anos-luz de distância pode ser vista da Terra até
 durante o dia.

Fotos: No topo, imagem registrada pelo telescópio Samuel Oschin, em Monte Palomar, mostra um dos frames que possibilitou a detecção da supernova PTF 11kly. Acima, mosaico mostra a posição do objeto ao redor da galáxia do catavento M101. Crédito: D. Andrew Howell/nightskyhunter/Apolo11.com.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

ASTRÔNOMOS FLAGRAM SUPERBURACO NEGRO DEVORANDO ESTRELA





Um grupo de astrônomos conseguiu flagrar pela primeira vez um buraco negro engolindo uma estrela.
Usando imagens do telescópio espacial Swift, que "enxerga" raios gama e raios X, cientistas puderam ver as coisas estranhas resultantes dessa refeição estelar, como um jato de partículas emitido quase na velocidade da luz.
M.Weiss /CXC/Nasa
Astro escuro tem 1 milhão de vezes a massa do nosso Sol e está localizado no coração de galáxia distante
Astro escuro tem 1 milhão de vezes a massa do nosso Sol e está localizado no coração de galáxia distante
A energia liberada pela estrela em agonia foi detectada pela primeira vez pelo Swift em 28 de março deste ano.
Cientistas que trabalham com dados do observatório foram todos alertados por um sistema que envia a eles um recado no telefone celular caso alguma coisa no céu passe a emitir muitos raios gama.
David Burrows, astrônomo da Universidade Estadual da Pensilvânia que liderou os trabalhos, disse que não se impressionou muito quando viu os primeiros dados, vindos de uma região próxima à constelação do Dragão.
"Conversei com alguns outros colegas por telefone, e estávamos achando que era um tipo mais comum de explosão de raios gama", disse o cientista à Folha.
"Um minuto depois de desligar o telefone, porém, recebemos outro alerta, indicando que uma outra explosão de raios gama teria ocorrido no mesmo lugar do céu."
Burrows explica que, normalmente, as explosões de raios gamas não se repetem no mesmo lugar. O Swift, porém, não parava de enxergar esses feixes de energia.
Enquanto a equipe do Swift debatia o problema, um grupo de astrônomos conseguiu apontar um telescópio que enxerga luz comum para a fonte de raios gama.
DE OUTRA GALÁXIA
Ashley Zauderer, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, mediu a distância da fonte brilhante no céu, algo que não é possível fazer com raios gama. Mas a fonte das emissões não estava na nossa galáxia.
Era o núcleo de outra galáxia a 4,5 milhões de anos-luz de distância, algo estranho para uma fonte de energia que emitia mais raios gama do que todo o resto do céu.
"Um brilho tão forte vindo de tão longe só poderia estar sendo gerado por algo relacionado aos buracos negros que ficam no centro de galáxias", afirma Burrows.
Na edição de ontem da revista científica "Nature", os grupos de Burrows e Zauderer publicaram estudos separados sobre a descoberta.
Os cientistas usam teorias de astrofísica para pintar um cenário visual impressionante para o evento. O buraco negro que engoliu o astro fica no centro de sua galáxia e tem uma massa
estimada em 1 milhão de vezes a do Sol.
"A face da estrela que está virada para o buraco negro sofre uma atração muito maior do que aquela que está do lado oposto, e então a estrela é esticada", afirma Burrows. O resultado é um
disco orbitando o astro negro.
A temperatura do material aumenta, levando à emissão de raios X. É dessa maneira que o evento se torna visível aqui da Terra. Nisso, campos magnéticos se formam em um eixo perpendicular ao disco.
Como um ímã, o complexo em torno do buraco negro cospe partículas eletricamente carregadas e raios gama.
Arte

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

OBSERVATÓRIO ESPACIAL COMPROVA EXISTÊNCIA DE TSUNAMI SOLAR



Alguns anos atrás, os físicos solares testemunharam pela primeira vez uma gigantesca onda de plasma se propagando pela superfície do Sol. A dimensão do fenômeno era tão grande que apesar de estarem presenciando o evento, não podiam acreditar no que viam. Naquela ocasião, a enorme onda ergueu-se mais alto que a Terra para em seguida despencar sobre a superfície, formando padrões circulares de milhões de quilômetros de circunferência.



Céticos, diversos observadores sugeriram que o fenômeno poderia ser alguma sombra ou ilusão de ótica provocada por efeitos atmosféricos. Aquilo poderia ser tudo, menos uma onda real.

O tempo passou e diversos estudos foram feitos, mas uma imagem captada em fevereiro de 2009 pelo satélite Stereo deu um xeque-mate no problema. A imagem mostrava uma gigantesca explosão próxima à mancha solar 11012, arremessando uma nuvem de mais de 1 bilhão de toneladas de gás aquecido ao espaço, provocando uma gigantesca onda na superfície do Sol. "Agora nós sabemos", disse Joe Gurman, do Laboratório de Física Solar do Centro Espacial Goddard, da Nasa. "Os tsunamis solares realmente existem".

"Aquilo foi definitivamente uma onda", disse Spiros Patsourakos, ligado à universidade de Mason e autor do paper publicado esta semana no periódico Astrophysical Journal Letters. "Não é uma onda comum, de água. É uma gigantesca onda de plasma e magnetismo", explicou.
O nome técnico para o novo fenômeno é Onda Magneto-hidrodinâmica de Modo Rápido, ou MHD e foi captado com grande precisão por um dos satélites Stereo, que estuda o Sol. Na imagem, a gigantesca ejeção de massa coronal, CME, atinge 100 mil km de altitude e se desloca a 250 km/s, com energia igual a nada menos que 2.4 gigatoneladas de TNT, o equivalente a 150 mil bombas atômicas similares às que caíram sobre Hiroshima em 1945.

Os tsunamis solares foram descobertos em 1997 através de imagens captadas pelo Telescópio Solar e Heliosférico SOHO e desde então foram motivos de diversas controvérsias entre os cientistas. Em maio de 2009, outra ejeção de massa coronal explodiu em uma região ativa na superfície do Sol e foi registrada pelo satélite SOHO como uma gigantesca onda que praticamente atravessou a superfície do Sol.

Os tsunamis solares não representam uma ameaça direta à Terra, mas são extremamente importantes para o estudo do astro-rei. "Podemos usá-los para diagnosticar as condições atuais do Sol e tentar prever quando as tempestades solares podem ocorrer. Ao observar como as ondas se propagam, podemos coletar informações sobre as camadas mais baixas da atmosfera solar e que de outra forma não seriam possíveis", disse Gurman.

domingo, 28 de agosto de 2011

VLT. OBSERVA OS OLHOS DA VIRGEM

Astrônomos mostram sua versão de Os Olhos da Virgem

Os Olhos situam-se a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância na constelação da Virgem e encontram-se separados entre si de cerca de 100.000 anos-luz.[Imagem: ESO/Gems project]



O Very Large Telescope do ESO obteve uma imagem extraordinária de um par de galáxias, bonitas mas invulgares, chamadas Os Olhos. A maior, NGC 4438, já foi uma galáxia espiral, mas entretanto sofreu deformações devido a colisões com outras galáxias nas últimas centenas de milhões de anos. Esta imagem é a primeira obtida no âmbito do programa Jóias Cósmicas do ESO, uma iniciativa através da qual o ESO concedeu tempo de telescópio para efeitos de divulgação. Os Olhos situam-se a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância na constelação da Virgem e encontram-se separados entre si de cerca de 100 000 anos-luz. O nome vem da aparente semelhança entre os núcleos deste par de galáxias - duas ovais brancas que parecem um par de olhos brilhando na escuridão, quando observados através de um telescópio de tamanho moderado. Embora os centros destas duas galáxias sejam semelhantes, as regiões exteriores não podiam ser mais diferentes. A galáxia que se encontra em baixo à direita na imagem, conhecida por NGC 4435, é compacta e parece ser praticamente desprovida de gás e poeira. Contrariamente, na galáxia grande em cima à esquerda (NGC 4438) observa-se uma zona de poeira logo por baixo do núcleo, estrelas jovens à esquerda do centro e gás que se estende pelo menos até aos limites da imagem. A NGC 4438 perdeu o seu conteúdo devido a um processo violento: uma colisão com outra galáxia. Este choque distorceu a forma espiral da galáxia, tal como poderá acontecer com a Via Láctea quando esta colidir com a sua galáxia vizinha Andrómeda daqui a três ou quatro mil milhões de anos.
Este gráfico mostra a localização do par de galáxias, NGC 4438 e NGC 4435, apelidada deThe Eyes, na constelação de Virgo (Virgem).Crédito: ESO, IAU e Sky & Telescope.



A NGC 4435 pode bem ser a culpada. Alguns astrónomos pensam que a deformação da NGC 4438 resultou de uma aproximação de cerca de 16 000 anos-luz entre estas duas galáxias, fenómeno que terá acontecido há 100 milhões de anos. Mas enquanto a galáxia maior sofreu apenas algumas deformações, a mais pequena foi significativamente mais afetada pela colisão. As forças de maré originadas pelo choque são as prováveis responsáveis por arrancar conteúdo à NGC 4438 e por reduzir a massa da NGC 4435 e remover a maior parte do seu gás e poeira. Outra possibilidade é que tenha sido a galáxia gigante elíptica Messier 86, mais afastada dos Olhos e não visível na imagem, a responsável pelas deformações da NGC 4438. Observações recentes encontraram filamentos de hidrogénio ionizado a ligar as duas galáxias, indicando que estas podem ter colidido no passado. A galáxia elíptica Messier 86 e os Olhos pertencem ao enxame da Virgem, um agrupamento de galáxias muito rico. Em zonas tão populadas como esta as colisões de galáxias são relativamente frequentes, por isso talvez a NGC 4438 tenha sofrido encontros tanto com a NGC 4435 como com a Messier 86. Esta imagem é a primeira a ser produzida no âmbito do programa Jóias Cósmicas do ESO, uma nova iniciativa que pretende obter imagens astronómicas para fins de educação e divulgação científica. O programa aproveita essencialmente o tempo em que o céu não se encontra em condições aceitáveis para observações científicas, para obter imagens de objetos interessantes, intrigantes ou visualmente atrativos. Os dados são igualmente postos à disposição dos astrónomos profissionais através do arquivo científico do ESO. Neste caso, embora houvessem algumas nuvens, a atmosfera encontrava-se excepcionalmente estável, o que permitiu revelar muitos detalhes nestes objetos. Os dados foram obtidos com o instrumento FORS2  montado no VLT e na composição da imagem utilizou-se radiação captada com dois filtros distintos: vermelho (dados mostrados a vermelho na imagem) e verde-amarelo (a azul na imagem). Os tempos de exposição foram de 1800 e 1980 segundos, respetivamente.
Fonte: http://www.eso.org/public/portugal/news/eso1131/

sábado, 27 de agosto de 2011

NEBULOSA MEDUSA É FOTOGRAFADA POR SONDA

[nebulosa Jellyfish[2].jpg]




A sonda norte-americana WISE da NASA fotografou a nebulosa colorida Medusa (chamada em inglês de nebulosa Jellyfish) que é remanescente da supernova IC 443.


© NASA (nebulosa Jellyfish)
Os dados fornecidos sobre como as explosões estelares interagem com o ambiente são muito importantes.
Assim como outros seres vivos, as estrelas têm um ciclo de vida que passa pelo nascimento, amadurecimento e eventualmente chega à morte, recebendo o nome de supernova. A IC 443 são os restos de uma estrela que virou uma supernova entre 5.000 a 10 mil anos atrás.
No canto esquerdo superior da imagem, vê-se um composto de filamentos formado por ferro, neônio e silício que emitem luz, além de partículas de poeira, todas aquecidas devido à explosão da supernova.
A área de cor turquesa brilhante, na metade inferior da imagem, é constituída por aglomerados densos com poeira aquecida e hidrogênio que também emitem luz.
Já a parte verde é uma nuvem que corta a IC 443 do noroeste para o sudeste. Todas as nuances da IC 443 foram captadas na região do infravermelho.
Fonte: NASA



Foto


A Nebulosa da Medusa em geral é bem difícil de ser visualizada devido ao seu tênue brilho. Aqui sua imagem foi capturada em falsas e sedutoras cores. Cercada por duas estrelas muito brilhantes, Mu (Tejat) e Eta Geminorum (Propus), aos pés da constelação de gêmeos, a Nebulosa da Medusa é uma brilhante nebulosa de emissão em arco com seus tentáculos dependurados abaixo e à direita do centro.

Remanescente de Supernova

Na verdade, a medusa cósmica é considerada uma parte da nebulosa remanescente de supernova IC 443, em formato de bolha, uma nuvem de escombros em expansão resultante da explosão de uma  estrela massiva (supernova). A luz desta supernova atingiu nosso planeta pela primeira vez há mais de 30.000 anos.

A Nebulosa da Medusa hospeda uma estrela de nêutrons, descoberta por estudantes
Da mesma forma que seu ‘primo marítimo em águas astrofísicas’, a remanescente de supernova chamada deNebulosa do Caranguejo (M1), a nebulosa IC  433 é conhecida por hospedar a estrela de nêutrons CXOU J061705.3+222127, remanescente do núcleo de uma massiva estrela que colapsou. O fato notável é que este objeto foi descoberto por 3 estudantes do ensino secundário, ao vasculhar dados de raios-X do observatório espacial Chandra, comparando-os com dados de rádio da rede de radiotelescópios Very Large Array. A nebulosa de emissão Sharpless 249 preenche esta paisagem cósmica acima e à esquerda.
A Nebulosa da Medusa dista 5.000 anos-luz da Terra. Nesta distância, esta imagem mede 300 anos-luz de extensão.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

EXPANSÃO DO UNIVERSO PODE NÃO ESTAR ACELERADA:, DIZ PESQUISA DA USP.




O Universo está se expandindo, mas não necessariamente de forma acelerada como aponta o modelo cosmológico mais aceito pelos especialistas atualmente. É o que propõe uma pesquisa realizada no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). 

Segundo Antônio Cândido de Camargo Guimarães, autor do estudo publicado no periódico Classical and Quantum Gravity, houve uma fase de expansão acelerada, que seria recente. "Mas hoje esse estado não é tão certo. É possível que a aceleração já esteja diminuindo", disse. 

Guimarães conta que há cerca de dez anos a expansão acelerada do Universo se tornou consenso na comunidade científica a partir de observações de explosões de supernovas Ia, cujo brilho era menor do que se esperava. Para descrever essa rápida expansão, os cientistas adotaram o Lambda-CDM. Esse modelo cosmológico se baseia na existência de uma "energia escura", que corresponderia a 70% da composição do Universo. 

"A energia escura é um ente físico muito especulativo. Há algumas hipóteses e ideias, mas não se sabe qual a natureza dela", destacou o astrônomo. 

Em sua pesquisa, Guimarães diz que a ideia foi descrever a expansão de forma independente de modelos de energia escura. Para isso, usou a chamada abordagem cosmográfica. Esse método se baseia na descrição da expansão cósmica como uma somatória de termos em função do desvio para o vermelho (medida da velocidade de afastamento) das supernovas, que é usado para traçar o brilho estelar (indicando a distância). 

As supernovas foram divididas em três grupos: antigas, recentes e muito recentes. Por meio das análises cosmográficas, o pesquisador observou que, quanto mais recente os eventos das supernovas, maior era a probabilidade da atual desaceleração do Universo. 

"O modelo Lambda-CDM diz que a aceleração tende sempre a aumentar. É interessante, pois nosso trabalho questiona esse paradigma, que usa uma forma particular para a energia escura para descrever a expansão cósmica", disse Guimarães. 

A pesquisa, parte do projeto "Investigação da distribuição de matéria escura através de seus efeitos como lentes gravitacionais", supervisionada por José Ademir Sales de Lima, professor do IAG. 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SONDA ESPACIAL ENCONTRA ESTRELAS MAIS FRIAS DO UNIVERSO



A sonda espacial Wise descobriu as estrelas mais frias já encontradas no universo, com uma temperatura similar a do corpo humano, informou nesta terça-feira a Nasa (agência espacial americana) em comunicado. 

A Wise pode detectar, graças a seu visor infravermelho, débeis brilhos como os destes astros escuros, denominados estrelas anãs. 

Após uma década de tentativas por parte da agência espacial para achar estes corpos estelares, a sonda conseguiu detectar seis delas, que se encontram a uma distância relativamente próxima ao nosso sol, cerca de 40 anos-luz. 

"A Wise supervisiona todo o céu na busca destes e outros objetos, e foi capaz de ver sua luz débil com seu visor infravermelho de alta sensibilidade", disse Jon Morse, diretor da Divisão de Astrofísica da Nasa em Washington. 

"Estas estrelas são cinco mil vezes mais brilhantes nas longitudes de onda infravermelha da Wise, observadas do espaço, do que se fossem observadas da terra", acrescentou. 

Os membros mais frios desta família de estrelas são as anãs marrons (de diferentes tipos: L, T ou Y), que não possuem massa suficiente para fundir átomos em seus núcleos e, portanto, não queimam com o fogo que mantêm estrelas como nosso sol, que brilha de maneira constante durante bilhões de anos. 

Os astrônomos estudam as anãs marrons para compreender melhor como se formam os astros e compreender as atmosferas de planetas fora de nosso sistema solar. 

As atmosferas das anãs marrons são similares às dos planetas gigantes gasosos como Júpiter, mas são mais fáceis de observar, uma vez que estão sozinhas no espaço, longe da forte luz de uma estrela mãe. 

Até agora, os dados revelados pela Wise descobriram mais de uma centena de anãs marrons. A sonda realizou o estudo mais avançado do céu em longitudes de onda infravermelha até o momento. 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A NEBULOSA DA CHAMA


1 - O fogo escondido da nebulosa da Chama. Esta foi a primeira imagem do telescópio Vista e mostra a região de formação estelar também conhecida como NGC 2024, na constelação de Órion, e seus arredores. O registro foi feito em infravermelho, o que mostra o núcleo escondido atrás de poeira e revela um agrupamento de jovens estrelas no coração da nebulosa. Outras duas nebulosas podem ser vistas: próximo ao centro, embaixo, está NGC 2023 e, a sua direita, está a Cabeça de Cavalo (Ba  Foto: ESO/J. Emerson/VISTA. Acknowledgment: Cambridge Astronomical Survey Unit/Divulgação
1 - O fogo escondido da nebulosa da Chama. Esta foi a primeira imagem do telescópio Vista e mostra a região de formação estelar também conhecida como NGC 2024, na constelação de Órion, e seus arredores. O registro foi feito em infravermelho, o que mostra o núcleo escondido atrás de poeira e revela um agrupamento de jovens estrelas no coração da nebulosa. Outras duas nebulosas podem ser vistas: próximo ao centro, embaixo, está NGC 2023 e, a sua direita, está a Cabeça de Cavalo
Foto: ESO/J. Emerson/VISTA. Acknowledgment: Cambridge Astronomical Survey Unit/Divulga

terça-feira, 23 de agosto de 2011

NOVA IMAGEM DA NEBULOSA ÓRION


4 - Visão em infravermelho da nebulosa de Órion. Esta imagem foi feita pelo telescópio Vista e mostra detalhes que normalmente ficam escondidos pelas nuvens de poeira da nebulosa, que também é conhecida como Messier 42 e fica a 1.350 anos-luz  Foto: ESO/J. Emerson/VISTA. Acknowledgment: Cambridge Astronomical Survey Unit/Divulgação
 Visão em infravermelho da nebulosa de Órion. Esta imagem foi feita pelo telescópio Vista e mostra detalhes que normalmente ficam escondidos pelas nuvens de poeira da nebulosa, que também é conhecida como Messier 42 e fica a 1.350 anos-luz
Foto: ESO/J. Emerson/VISTA. Acknowledgment: Cambridge Astronomical Survey Unit/Divulgação

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A NABULOSA RCW 120


7 - Um brilhante berçário estelar. Segundo o ESO, esta imagem de RCW120 revelou uma bolha de gás ionizado com cerca de 10 anos-luz de diâmetro e que está em expansão, o que força o material ao redor a formar densas nuvens e, por sua vez, leva à criação de novas estrelas  Foto: ESO/APEX/DSS2/ SuperCosmos/ Deharveng(LAM)/ Zavagno(LAM)/Divulgação
 Um brilhante berçário estelar. Segundo o ESO, esta imagem de RCW120 revelou uma bolha de gás ionizado com cerca de 10 anos-luz de diâmetro e que está em expansão, o que força o material ao redor a formar densas nuvens e, por sua vez, leva à criação de novas estrelas

Foto: ESO/APEX/DSS2/ SuperCosmos/ Deharveng(LAM)/ Zavagno(LAM)/Divulgação
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domingo, 21 de agosto de 2011

A NEBULOSA ÁRVORE DE NATAL


9 - NGC 2264 e o agrupamento Árvore de Natal. Esta área conhecida como NGC 2264 inclui o agrupamento de estrelas Árvore de Natal e a nebulosa Cone (embaixo) e tem cerca de 30 anos-luz de comprimento  Foto: ESO/Divulgação
9 - NGC 2264 e o agrupamento Árvore de Natal. Esta área conhecida como NGC 2264 inclui o agrupamento de estrelas Árvore de Natal e a nebulosa Cone (embaixo) e tem cerca de 30 anos-luz de comprimento

Foto: ESO/Divulgação

sábado, 20 de agosto de 2011

UMA PISCINA CÓSMICA


24 - Um piscina de galáxias distantes. Esta imagem foi feita a partir de observações em um período de 40 horas e constitui a mais profunda imagem em banda U já registrada da superfície do planeta. Algumas galáxias são 1 bilhão de vezes menos brilhantes que a capacidade do olho humano em vê-las  Foto: ESO/ Mario Nonino, Piero Rosati and the ESO GOODS Team/Divulgação
24 - Um "piscina" de galáxias distantes. Esta imagem foi feita a partir de observações em um período de 40 horas e constitui a mais profunda imagem em banda U já registrada da superfície do planeta. Algumas galáxias são 1 bilhão de vezes menos brilhantes que a capacidade do olho humano em vê-las

Foto: ESO/ Mario Nonino, Piero Rosati and the ESO GOODS Team/Divulgação

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

OBSERVATÓRIO DA NASA FOTOGRAFA EXPLOSÃO SOLAR


A Nasa (agência espacial americana) divulgou na terça-feira a foto de uma explosão solar na região denominada AR11263, tirada pelo SDO (sigla em inglês de Observatório de Dinâmica Solar, um telescópio espacial).
Explosão solar é mistério para ciência
Essas explosões gigantescas de radiação trazem algum risco para pessoas que estão em aviões em altitudes elevadas.
Também afetam o ambiente e são capazes de interromper sinais de GPS ou provocar interferências nas comunicações.
A foto é da cor azul devido ao tipo de equipamento usado para registro da imagem.

Explosão solar fotografada pela Nasa; fenômeno não representa perigo para seres humanos que vivem na Terra
Explosão solar fotografada pela Nasa; fenômeno não representa perigo para seres humanos que vivem na Terra



  Explosão solar é mistério para ciência



Apesar das explosões solares registradas pela Nasa (agência espacial norte-americana) neste mês, tudo indica que o Sol anda mais preguiçoso do que o "normal".
As chamadas "tempestades solares", erupções na superfície do Sol que liberam alta carga de energia no espaço, costumam atingir seu pico a cada 11 anos.
Como o último ponto mais alto foi registrado em 2001, era esperado que o próximo ocorresse no ano que vem.
"Mas isso está longe de acontecer", explica o físico solar Pierre Kaufmann, especialista em astrofísica solar.
De acordo com ele, a atividade do Sol está bastante retardada. E ainda: as explosões recentes tiveram baixa intensidade, depois de quatro anos de "repouso" solar.
Divulgação
Telescópio solar instalado no Complexo Astronômico El Leoncito, en San Juan, Argentina
Telescópio solar instalado no Complexo Astronômico El Leoncito, en San Juan, Argentina
"Pelo andar da carruagem, pode ser que o auge do ciclo atual do Sol aconteça só em 2016", diz o cientista.
Outra possibilidade é que o ciclo solar se feche em 2012, mas com um pico menos intenso do que se imaginava.
Durante um ciclo solar, surgem manchas na superfície do Sol. "Em volta dessas manchas há gás quentíssimo e ionizado [gás em que os átomos estão dissociados]. Então, ocorrem as explosões súbitas", explica Kaufmann.
Esses fenômenos explosivos são na atmosfera da estrela, ou seja, saem da superfície para fora do Sol.
As explosões solares alteram principalmente sistemas de transmissão de energia e telecomunicações na Terra.
Isso começou a ser percebido no começo do século 20, quando cientistas notaram queda no sistema de comunicação de submarinos.
AQUI NA TERRA
São dois efeitos. O primeiro ocorre cerca de oito minutos após as explosões (tempo para a radiação viajar 150 milhões de km até a Terra).
O segundo é uma ejeção lenta de massa coronal solar (parte externa da estrela), que pode levar de dois a quatro dias para chegar aqui.
"Algumas explosões solares enormes não têm impactos em correntes elétricas; outras, menores, têm. Estamos longe de entender esses impactos", diz Kaufmann.
Sabe-se também que a quantidade de raios cósmicos que atingem a Terra diminui com a atividade solar. Isso porque o aumento de plasma (gases "ionizados" expulsos pelo Sol) desvia esses raios da atmosfera terrestre.
Assim como os efeitos das explosões na Terra ainda não estão claros para os cientistas, o ciclo de 11 anos do Sol também é um mistério.
Kaufmann está acostumado a acompanhar a atividade do Sol. Ele coordena o Craam (Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica, da Universidade Presbiteriana Mackenzie) e é um dos principais nomes de um observatório instalado pela universidade nos andes argentinos.

O Complexo Astronômico El Leoncito ("o leãozinho", em referência aos pumas da região andina) tem um acervo instrumental financiado por agências brasileiras em parceria com o governo argentino. A atividade solar é um dos temas de estudos.

    quinta-feira, 18 de agosto de 2011

    UM TESTE DE MANCHA DE TINTA COSMICA


    Pesando sobre a Nebulosa DumbbellA "nebulosa Dumbbell", também conhecida como Messier 27, bombeia a luz infravermelha nesta imagem da Espacial Spitzer da NASA Telescópio.Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech / Harvard-Smithsonian CfA 
    Se este fosse um teste da mancha de tinta, você pode ver uma gravata borboleta ou uma borboleta, dependendo da sua personalidade. Um astrônomo poderia provavelmente ver os restos de uma estrela moribunda espalhados sobre o espaço - precisamente o que é isso. Telescópio Espacial Spitzer da NASA capturou esta visão infravermelha do que é chamado uma nebulosa planetária, que é uma nuvem de material expelidos por uma estrela queimada, chamada anã branca. Este objeto é chamado a nebulosa de Dumbbell após a sua semelhança com o equipamento de exercício de luz visível em pontos de vista. "É interessante como visão diferente do Spitzer do Dumbbell parece em comparação com imagens ópticas", disse o Dr. Joseph Hora, o investigador principal das observações do Harvard Smithsonian Center for Astrophysics, Cambridge, Massachusetts Na opinião de infravermelho do Spitzer, luz difusa verde, que é mais brilhante perto do centro, é provavelmente a partir de átomos de gás quente que está sendo aquecido pela luz ultravioleta do anão branca central. Uma coleção de aglomerados preencher a parte central da nebulosa, e de cor vermelha raios radiais vão muito além. Os astrónomos pensam que esses recursos representam moléculas de gás hidrogênio, misturado com traços de elementos mais pesados. Apesar de ser despedaçado pela luz ultravioleta do anão central branca, muito deste material molecular pode sobreviver intacto e mix de volta em nuvens de gás interestelar, ajudando a alimentar a próxima geração de estrelas. Jet Propulsion Laboratory da NASA, Pasadena, na Califórnia, administra a missão Spitzer Space Telescope da NASA para a Ciência Mission Directorate, Washington. Operações científicas são conduzidas no Centro de Ciência Spitzer no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena. Caltech gerencia JPL para a NASA. Para mais informações sobre Spitzer, visitehttp://spitzer.caltech.edu/ e http://www.nasa.gov/spitzer . 


     

    quarta-feira, 17 de agosto de 2011


    Galáxias: Instantâneos do Tempo

    Imagens únicas do Galaxies: Snapshots na colagem Time.
    Crédito:
    NASA e ESA