MARAVILHA DO UNIVERSO

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

ILHA MÁGICA PODE EXISTIR EM TITÃ? OU O QUE SERIAM ESSAS MISTERIOSAS ANOMALIAS NA LUA DE SATURNO?


Uma anomalia misteriosamente brilhante chamou atenção nos mares de Titã, a maior lua de Saturno
Foi a primeira vez que ondas, bolhas e algumas outras características desconhecidas foram vistas por lá, dizem os cientistas.
Os pesquisadores apelidaram a região observada em Titã como "Magic Island", ou "Ilha Mágica" em português. Titã é a maior das 62 luas conhecidas de Saturno, e é 50% mais larga do que a lua da Terra, além de ter 80% mais massa.
"O que eu acho mais especial sobre Titã é que ela tem de metano e etano líquidos em seus lagos e mares, tornando-se o único mundo no Sistema Solar que tem líquidos estáveis ​​em suas superfícies além da Terra", comenta o principal autor do estudo Jason Hofgartner, cientista planetário da Universidade de Cornell. "Titã não só tem lagos e mares, mas também rios e até mesmo chuva. Essa lua de Saturno tem o que chamamos de ciclo hidrológico".

A anomalia vista em Titã está circundada em vermelho nessa imagem. Créditos: NASA / JPL / Caltech / ASI / Cornell
Usando radar a bordo da sonda Cassini da NASA, Hofgartner e seus colegas olharam através da espessa atmosfera enevoada de Titã e analisar o Ligeia Mare, que tem cerca de 126.000 quilômetros quadrados, tornando-se maior do que o Lago Superior na América do Norte.
Em julho de 2013, a sonda Cassini detectou características que são essencialmente tão brilhantes quanto o terreno ao seu redor. A anomalia desapareceu em observações posteriores.
"Estes são são mares estagnados, eles não são imutáveis... ", disse Hofgartner. Ainda não se sabe o que causou o aparecimento dessa "ilha mágica", mas nós gostaríamos de estudá-la ainda mais". A anomalia brilhante ocupa uma área de cerca de 10 por 20 km, disse Hofgartner.
Os pesquisadores não acreditam que essa anomalia seja uma criatura alienígena ou naves espaciais. Agora em Titã, no hemisfério norte, está entrando a temporada de verão, é a energia solar que incide por lá talvez seja suficiente para conduzir ventos e outros fenômenos de energia, segundo os pesquisadores.
Os mares são normalmente muito suaves em Titã, "com características de no máximo entre 1 e 3 milímetros, tornando-o mais suave do que qualquer outra superfície natural na Terra", disse Hofgartner. "Isso ocorre porque os ventos em Titã, provavelmente, não são fortes o suficiente para criar ondas. Agora, no entanto, os ventos podem estar ficando mais forte, e o que estamos vendo podem ser ondas", acrescentou.
Outra possibilidade é que essa anomalia brilhante poderia ser gases que estão sendo empurrados para cima, a partir do fundo do mar, que estão subindo em forma de bolhas. Também poderia representar sólidos que estão flutuando com o aparecimento de temperaturas mais elevadas. Estes materiais sólidos podem estar em suspensão no mar, como um lodo na Terra. "À medida que o verão começa em Titã, esperamos aprender mais sobre seus mares", disse Hofgartner.
"Descobrir mais sobre o funcionamento de seus mares pode auxiliar nos planos futuros de exploração de Titã," disse Hofgartner. "Um plano é colocar algo como um barco ou jangada no mar de Titã para estudá-la mais detalhadamente, e compreender os processos que estão acontecendo por lá".
E se esses planos derem certo, o que será que vamos encontrar?
Fonte: Space
Imagens: NASA / JPL / Caltech

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

ESO MOSTRA A IMAGEM DO ESO PLANETA MAIS LEVE JÁ ENCONTRADO


Imagem VLT do exoplaneta HD 95086b
A descoberta é uma contribuição importante ao estudo da formação e evolução de sistemas planetários.
Uma equipe de astrônomos utilizou o Very Large Telescope do ESO para obter a imagem de um objeto tênue que se desloca próximo de uma estrela brilhante. Com uma massa estimada em quatro a cinco vezes a massa de Júpiter, este pode bem ser o planeta com menos massa a ser observado fora do Sistema Solar de forma direta.
Embora quase um milhar de exoplanetas tenham sido até agora detectados indiretamente -  a maioria dos quais pelo método dos trânsitos ou das velocidades radiais  - e muitos mais candidatos aguardem confirmação, apenas para cerca de uma dúzia de exoplanetas foi possível obter imagens diretamente. Nove anos depois do Very Large Telescope ter capturado a primeira imagem de um exoplaneta, o companheiro planetário da anã marrom 2M1207 (eso0428), a mesma equipe obteve agora a imagem do que parece ser o mais leve destes objetos observado até agora.
“Obter imagens de planetas de forma direta requer técnicas extremamente complexas, utilizando os instrumentos mais avançados, estejam eles no solo ou no espaço”, diz Julien Rameau (Institut de Planetologie et d'Astrophysique de Grenoble, França), autor principal do artigo científico que descreve a descoberta. “Apenas alguns planetas foram até agora observados diretamente, o que faz de cada descoberta destas um importante marco no caminho da compreensão dos planetas gigantes e da sua formação”.
Nas novas observações, o provável planeta aparece como um ponto tênue mas bem definido próximo da estrela HD 95086. Uma observação posterior mostrou também que o objeto se desloca lentamente com a estrela ao longo do céu, o que sugere que este corpo, designado por HD 95086 b, está em órbita em torno da estrela. O seu brilho indica igualmente que terá um massa de apenas quatro a cinco vezes a massa de Júpiter.
A equipe usou o NACO, o instrumento de óptica adaptativa montado num dos Telescópios Principais do Very Large Telescope do ESO (VLT). Este instrumento permite obter imagens muito nítidas, ao corrigir os efeitos de distorção na imagem devido à turbulência atmosférica. As observações foram feitas no infravermelho com uma técnica chamada imagem diferencial, que faz aumentar o contraste entre o planeta e a ofuscante estrela hospedeira.
O planeta recém descoberto orbita a jovem estrela HD 95086 a uma distância de cerca de 56 vezes a distância entre a Terra e o Sol, o que corresponde a duas vezes a distância entre o Sol e Netuno. A estrela propriamente dita tem um pouco mais massa do que o Sol e encontra-se rodeada por um disco de detritos. Estas propriedades permitiram aos astrônomos identificá-la como um candidato ideal a possuir planetas jovens de grande massa em sua órbita. O sistema situa-se a cerca de 300 anos-luz de distância da Terra.
A juventude da estrela, com apenas 10 a 17 milhões de anos, levou os astrônomos a pensar que este novo planeta se formou muito provavelmente, no interior do disco gasoso e poeirento que a circunda. “A sua posição atual levanta questões relativas ao processo de formação. O planeta pode ter crescido ao assimilar rochas que formaram o núcleo sólido e depois acumulando lentamente gás do meio circundante de modo a formar a atmosfera densa ou então, começou a formar-se a partir de uma acumulação de matéria gasosa com origem em instabilidades gravitacionais no disco”, explica Anna-Marie Lagrange, outro membro da equipe. “Interações entre o planeta e o disco propriamente dito, ou até outros planetas, podem ter feito deslocar o planeta do local onde nasceu”.
Outro membro da equipa, Gaël Chauvin, conclui, “O brilho das estrelas dá a HD 95086 b uma temperatura à superfície estimada de cerca de 700 graus Celsius, o que é suficientemente frio para que vapor de água e possivelmente metano existam na atmosfera. Este será um belo objeto para estudar com o futuro instrumento SPHERE, a ser montado no VLT. Talvez possamos até revelar planetas interiores no sistema - se eles existirem

domingo, 15 de fevereiro de 2015

TRÊS OBJETOS FORAM OBSERVADOS NA GRANDE NUVEM DE MAGALHÃES



Uma equipe internacional de astrônomos que trabalha nos Telescópios High Energy Stereoscopic Systems (HESS) fez uma descoberta empolgante, e inédita! Eles encontraram 3 fontes de raios-gama extremamente luminosas na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã satélite da Via Láctea.
A grande descoberta nos revela 3 diferentes objetos: o mais poderoso pulsar; o maior remanescente de supernova de vento de pulsar e uma bolha de 270 anos-luz de diâmetro repleta de estrelas e supernovas, chamada de Super-bolha.
Segundo o professor Sergio Colafrancesco, da Escola de Física de Wits, essa descoberta representa um avanço muito importante para a ciência, e abre caminho para o estudo de galáxias externas através de telescópios, como o Cherenkov Telescope Array (CTA), no deserto da Namíbia, que permitirá o estudo da evolução das galáxias, suas estruturas e seus ciclos de vida.
A chamada Superbolha 30 Dor C é a maior concha de emissão de raios já conhecida, feita por várias supernovas, estrelas e fortes ventos estelares. Acredita-se inclusive, que as superbolhas sejam responsáveis pela criação de raios cósmicos galáticos. O HESS demonstrou que essas bolhas são grandes fontes de partículas altamente energéticas.
Raios gama de alta energia são os melhores indícios de aceleradores cósmicos, como remanescentes de supernovas e de nebulosas de ventos de pulsares, que são produtos finais de estrelas de grande massa, onde as partículas carregadas são aceleradas a velocidades extremas. Quando estas partículas encontram luz ou gás em torno dos aceleradores cósmicos, elas emitem raios gama.
A Grande Nuvem de Magalhães é uma galáxia anã satélite da Via Láctea, localizada a cerca de 170.000 anos-luz de distância, facilmente observável no céu noturno. Ela é uma galáxia com uma taxa elevada de formação de estrelas massivas, e abriga inúmeros aglomerados estelares maciços. A taxa de supernovas na Grande Nuvem de Magalhães chega a ser 5 vezes maior do que a da Via Láctea, por isso os cientistas priorizam essa galáxia vizinha na busca por raios gama de alta energia.
descoberta na Grande Nuvem de Magalhães
descoberta na Grande Nuvem de Magalhães
Créditos: HESS   
              
Num total de 210 horas, o HESS observou a maior região de formação de estrelas dentro da Grande Nuvem de Magalhães, que é conhecida como Nebulosa da Tarântula. Pela primeira vez foram observadas fontes individuais de raios gama de alta energia em outra galáxia, e com isso, três objetos extremamente energéticos de diferentes tipos foram detectados.
Pulsares são estrelas de nêutrons altamente magnetizadas em alta rotação, que emitem um vento de partículas ultra-relativistas. O mais famoso pulsar localiza-se na Nebulosa do Caranguejo, uma das fontes mais brilhantes de raios gama de alta energia que podemos encontrar no céu.
O pulsar PSR J0537?6910 responsável pela nebulosa de vento de pulsar N 157B, descoberta na Grande Nuvem de Magalhães com os Telescópios HESS, é em muitos aspectos, um irmão gêmeo da Nebulosa de Caranguejo em nossa pró´ria galáxia. No entanto, a nebulosa de vento de pulsar N 157B ofusca a Nebulosa do Caranguejo por uma ordem de magnitude, principalmente com seus raios gama de alta energia.
O remanescente de supernova N 132d, conhecido como um objeto brilhante quando observado em ondas de rádio e infravermelho, parece ser um dos mais antigos remanescentes de supernova de seu tipo. Ele existe há cerca de 2.500 ou 6.000 anos, e supera os fortes remanescentes de supernovas em nossa galáxia. As observações confirmam as suspeitas de que os restos de supernovas podem ser muito mais brilhantes do que se pensava.
Em um futuro não tão distante, o grande Telescópio Cherenkov Array (CTA) irá fornecer imagens ainda mais precisas e de maior resolução, mostrando as fontes de raios gama da Grande Nuvem de Magalhães, a nossa vizinha que nos intriga a cada observação.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

EXOPLANETA J1407b TEM ANÉIS TÃO GRANDES QUE FAZ SATURNO PARECER PLANETA ANÃO


super-Saturno
O planeta Saturno pode até ser o Senhor do Anéis do Sistema Solar, mas seu titulo certamente não tem o mesmo poder se considerarmos todo o Universo. Pelo menos é isso que indicam as evidências de observações feitas pelo programa SuperWASP.
Astrônomo perceberam o escurecimento repetido e prolongado de uma estrela semelhante ao Sol, e segundo interpretações e experiências de observações, isso indica um eclipse passando através de um anel planetário complexo e gigante, semelhante aos anéis de Saturno, porém muito, muito maiores. Além do mais, as diferentes densidades desses anéis implicam a presença de pelo menos uma grande exolua, e talvez mais uma em processo de formação.
J1407 é uma estrela anã laranja de seqüência principal, localizada a cerca de 116 anos-luz de distância. Ao longo de 57 dias, no ano de 2007, a estrela J1407 foi submetida a uma "complexa série de eclipses", que uma equipe internacional de astrônomos afirma ser o resultado de um sistema de anéis em torno de um exoplaneta, conhecido como J1407b.

"Este planeta é muito maior do que Júpiter ou Saturno, e seu sistema de anéis tem cerca de 200 vezes o tamanho dos anéis de Saturno", disse Eric Mamajek, professor de física e astronomia da Universidade de Rochester, em Nova York.
"Podemos imaginá-lo como um super-Saturno".
As observações foram feitas através do programa SuperWASP, que utiliza telescópios terrestres para detectar o escurecimento fraco de estrelas devido o trânsito de exoplanetas.
Confira o vídeo abaixo do modelo feito em computador que mostra a curva de luz da estrela J1407, e a maneira que um exoplaneta é detectado:
Os primeiros estudos sobre J1407b foram publicados em 2012, porém, análises mais profundas estimaram que a quantidade de grandes estruturas de anéis desse exoplaneta é de 37, com um vazio bem definido localizado a cerca de 0,4 UA (61 milhões de km) a partir do super-Saturno, onde pode existir um satélite quase tão grande quanto a Terra, com um período orbital de dois anos.
Os densos anéis de J1407b se estendem por cerca de 180 milhões de quilômetros, e podem ter a mesma massa da Terra.
"Se pudéssemos substituir os anéis de Saturno com os anéis de J1407b, eles seriam facilmente visíveis à noite, e seriam bem maiores do que a Lua Cheia", comenta Matthew Kenworthy do Observatório de Leiden, na Holanda, e principal autor do novo estudo.
Saturno
Saturno: Os principais anéis de Saturno têm cerca de 250 mil km de diâmetro.
Créditos: NASA / GSFC

Estas observações podem revelar o passado de Júpiter e de Saturno, e nos mostrar como seus sistemas de anéis e de satélites foram formados logo no início do Sistema Solar.
"A comunidade de ciência planetária teorizou há décadas que planetas como Júpiter e Saturno teriam, em seus estágios iniciais, discos gigantescos em torno deles, que posteriormente levariam à formação de seus satélites", comenta Mamajek. "No entanto, antes de descobrirmos esse objeto, ninguém tinha visto um sistema desse tipo".
O planeta J1407b tem uma massa de até 40 vezes a de Júpiter, e tecnicamente, poderia ser uma anã marrom.
Outras observações irão analisar outros trânsitos de J1407b, a fim de obter mais detalhes sobre seus anéis e suas características físicas. Felizmente 2017 não está longe!
O relatório da equipe foi aceito para publicação na revista The Astrophysical Journal.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

COMETA DA MISSÃO ROSETTA É MAIS ESTRANHO DO QUE SE PENSAVA E DESAFIA A TEORIA DA ORIGEM DA ÁGUA NA TERRA



cometa 67P descobertas
Os primeiros resultados da missão Rosetta que mostram informações inéditas de um cometa foi divulgado, e nos mostra que esses corpos gelados remanescentes do Sistema Solar são muito mais complexos do que do que os cientistas pensavam.
Os primeiros documentos revelam detalhes do cometa 67P / Churyumov-Gerasimenko, que está se aproximando do Sol acompanhado pela sonda Rosetta, que após uma viagem de 10 anos, encontrou com essa grande rocha gelada e está monitorando ela de perto, numa missão única, jamais feita antes.
cometa flutuaria no mar
Pra começar, ele é tão pouco denso que flutuaria no mar
Até agora, a descoberta mais surpreendente é que a análise da água do cometa mostra que ela é quimicamente diferente de água nos oceanos da Terra, desafiando uma teoria de longa data que dizia que os cometas haviam trazido a água para o nosso planeta, assim como para outros planetas do Sistema Solar.
Os novos estudos mostram também uma grande variação nos gases que estão sendo liberados pelo cometa, o que é muito importante para entender os processos pelos quais o cometa passou desde sua formação, há cerca de 4,6 bilhões de anos, e que ainda deverá passar ao longo de sua vida.
Os cientistas acreditam que os cometas são corpos primordiais, e o objetivo principal da missão européia Rosetta, é aprender mais sobre o nascimento do nosso Sistema Solar. Por isso, a sonda está estudando o cometa bem de perto.
Os resultados dos primeiros dois meses de missão indicam ainda que a massa do cometa é de cerca de 100 milhões de vezes a massa da Estação Espacial Internacional. Se você está achando essa afirmação um tanto estranha, saiba que é a mais pura verdade. A densidade do cometa 67P / C-G é semelhante a densidade da cortiça, material utilizado para fabricação de rolhas, o que faria ele boiar se fosse colocado sobre o oceano da Terra.
Sua baixa massa faz com que sua gravidade seja fraca. Os cientistas descobriram um cânion no cometa, que tem cerca de 900 metros de altura, contudo, por conta de sua massa, por mais amedrontadora que essa altura seja, um astronauta conseguiria saltar e cair 900 metros no interior do cânion, e ainda assim, faria um pouso suave no fundo dele. O físico Rhett Allain calculou que se houvesse uma nave tripulçada sobrevoando o cometa, um dos astronautas poderia sair da espaçonave e cair em direção ao cometa, e mesmo assim faria um pouso suave em sua superfície (sem se machucar). Além disso, um pulo mais forte poderia fazer com que ele alcançasse a nave novamente.
Isso significa que o núcleo do cometa tem uma estrutura interna mais macia e porosa do que aquela prevista pelos modelos de computador.
Além disso, descobriram que o corpo do cometa é coberto com materiais orgânicos, mas não há muito gelo exposto em sua superfície. Os cientistas esperam encontrar moléculas de carbono complexas, tais como álcoois e ácidos carboxílicos. Até agora, no entanto, a superfície parece ser dominada por hidrocarbonetos mais simples, uma descoberta que pode ter implicações para a compreensão de como as moléculas à base de carbono se formam e se espalham através do Sistema Solar.
pousador Philae
Pousador Philae Ilustração artística do pousador Philae. Créditos: ESA / Rosetta
Outra característica curiosa e intrigante sobre o cometa 67P é o seu formato, que sugere a possibilidade de que na verdade, seriam dois corpos que foram unidos, formando o cometa que conhecemos hoje, Infelizmente, até o momento, os cientistas não conseguiram determinar se o cometa foi ou não feito a partir de dois corpos distintos. Os pesquisadores da missão buscam evidências que apontem uma diferença na densidade e na composição dos dois lóbulos, a fim de identificar se são dois corpos distintos ou não. Até agora, eles estão se mostrando bem parecidos, mas ainda é cedo para tomar uma posição sobre isso.
A coma em torno do cometa, que é feita a partir de gases de gelo que evaporam (sublimação), é muito variável, e a maior parte desse gás vem do "pescoço" do cometa, exatamente entre seus dois lóbulos.
A medida que o cometa 67P/ C-G se aproxima do Sol, sua sublimação aumenta, fazendo com que os gases e o gelo sejam mais fáceis de serem estudados, Ele fará sua máxima aproximação com o Sol (periélio) no dia 13 de agosto de 2015, quando ficará a 1,2 UA do Sol (uma Unidade Astronômica equivale a distância média entre a Terra e o Sol), e os controladores da missão Rosetta não vêem a hora de chegar esse grande momento, pois muitas mudanças podem ocorrer, e a sonda estará lá para registrá-las.
Os resultados dos estudos do pousador Philae, que se encontra na superfície do cometa ainda não foram divulgados.