MARAVILHA DO UNIVERSO

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Contemple a Maravilha do Universo

segunda-feira, 29 de junho de 2015

VLT. DO ESO DESCOBRE UMA SUPER ESTRELA BRILHANTE, MAS SOLITÁRIA

The brilliant star VFTS 682 in the Large Magellanic Cloud (annotated)
Uma estrela extraordinariamente brilhante, porém isolada, foi encontrada numa galáxia próxima - a estrela é três milhões de vezes mais brilhante que o Sol. Todas as “super-estrelas” anteriormente descobertas foram encontradas em aglomerados estelares, mas este farol brilha com um esplendor solitário. A origem desta estrela é misteriosa: será que se formou isolada ou foi ejetada de um aglomerado? Qualquer destas hipóteses põe à prova o conhecimento dos astrônomos sobre a formação estelar.
Uma equipe internacional de astrônomos utilizou o Very Large Telescope do ESO para estudar detalhadamente a estrela VFTS 682 situada na Grande Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia vizinha da Via Láctea. Ao analisar a radiação da estrela, com o instrumento FLAMES do VLT, descobriu-se que esta estrela possui 150 vezes mais massa do que o Sol. Até agora estrelas como esta só tinham sido encontradas nos centros muito densos de aglomerados estelares, mas a VFTS 682 encontra-se isolada.
“Ficamos muito surpreendidos por encontrar uma estrela de tão grande massa isolada, em vez de se encontrar situada num aglomerado estelar rico,” diz Joachim Bestenlehner, o autor principal deste novo estudo, estudante do Observatório de Armagh, na Irlanda do Norte. “A sua origem é misteriosa.”
Esta estrela foi inicialmente descoberta numa busca efetuada nas estrelas mais brilhantes situadas no interior e em volta da Nebulosa da Tarântula, na Grande Nuvem de Magalhães. A estrela situa-se numa maternidade estelar: uma enorme região de gás, poeira e estrelas jovens, que é, na realidade, a região de formação estelar mais ativa no Grupo Local de galáxias. Inicialmente pensou-se que a VFTS 682 fosse quente, jovem e brilhante, sem no entanto possuir características especiais. Contudo, este novo estudo feito com o VLT revelou que muita da energia da estrela está a ser absorvida e dispersada por nuvens de poeira antes de chegar à Terra - ou seja, a estrela é na realidade mais brilhante do que o que se pensava anteriormente, encontrando-se mesmo entre as estrelas mais brilhantes conhecidas.
A radiação vermelha e infravermelha emitida pela estrela atravessa a poeira, mas a radiação azul e verde, de menor comprimento de onda, é dispersada e consequentemente perdida. O resultado disto é que a estrela aparece-nos mais avermelhada do que é na realidade. Se a víssemos completamente livre de obstruções ela brilharia num tom azul-branco luminoso.
Além de ser extremamente brilhante, a VFTS 682 é também muito quente, com uma temperatura em sua superfície de cerca de 50 000 graus Celsius. Estrelas com tão estranhas propriedades podem acabar as suas curtas vidas não apenas como supernovas, como é normal para estrelas de grande massa, mas possivelmente como as mais dramáticas explosões de raios gama de longa duração, as explosões mais brilhantes no Universo.
Embora a VFTS 682 pareça estar atualmente sozinha, não se encontra muito afastada do aglomerado estelar muito rico RMC 136 (muitas vezes chamado apenas R 136), que contém várias “super-estrelas” semelhantes (eso1030).
“Os novos resultados mostram que a VFTS 682 é praticamente idêntica a uma das super-estrelas mais brilhantes situada no coração do aglomerado estelar R 136,” acrescenta Paco Najarro, outro membro da equipa do CAB (INTA-CSIC, Espanha). 
Será possível que a VFTS 682 tenha sido formada neste aglomerado e posteriormente ejetada? Tais “estrelas fugitivas” são conhecidas dos astrônomos, mas todas as que se conhecem são meores que a VFTS 682. Seria por isso interessante descobrir como é que uma estrela de tão grande massa poderia ser lançada para fora do aglomerdo por interações gravitacionais.
“Parece mais fácil formar as estrelas maiores e mais brilhantes no interior de aglomerados estelares ricos,” acrescenta Jorick Vink, outro membro da equipe. “ E embora seja possível, é muito mais difícil compreender como é que estes faróis brilhantes se formam sozinhos. O que torna a VFTS 682 verdadeiramente fascinante.”

quarta-feira, 24 de junho de 2015

O LADO NEGRO DOS AGLOMERADOS ESTELARES: VLT DESCOBRE UM NOVO TIPO DE AGLOMERADOS ESTELARES GLOBULARES

A galáxia elíptica gigante Centaurus A (NGC 5128) e os seus estranhos aglomerados globulares
 Esta enorme galáxia elíptica, NGC 5128 (também conhecida por Centaurus A), é a galáxia deste tipo mais próxima da Terra, situada a cerca de 12 milhões de anos-luz de distância. Observações obtidas com o Very Large Telescope do ESO, no Chile, descobriram uma nova classe de aglomerados estelares globulares “escuros” em torno desta galáxia. Estes objetos encontram-se assinalados em vermelho. Os aglomerados normais estão assinalados em azul e os aglomerados globulares que apresentam propriedades semelhantes às das galáxias anãs estão em verde. Os aglomerados escuros são muito parecidos aos outros aglomerados da galáxia, no entanto contêm muito mais massa.
Crédito: ESO/Digitized Sky Survey. Acknowledgement: Davide de Martin

Observações obtidas com o Very Large Telescope do ESO, no Chile, revelaram uma nova classe de aglomerados estelares globulares “escuros” situados em torno da galáxia gigante Centaurus A. Estes objetos misteriosos parecem-se com aglomerados normais, mas contêm muito mais massa e podem abrigar quantidades inesperadas de matéria escura ou então conter buracos negros massivos. Nenhuma destas hipóteses era esperada, e as suas causas ainda são desconhecidas.
Os aglomerados estelares globulares são enormes bolas de milhões de estrelas que orbitam a maioria das galáxias. Tratam-se dos sistemas estelares mais velhos do Universo, tendo sobrevivido durante a maior parte do tempo do crescimento e evolução das galáxias.
Matt Taylor, estudante de doutoramento na Pontificia Universidad Catolica de Chile, Santiago, Chile, e bolsista do ESO, é o autor principal deste novo estudo. Matt explica: “Os aglomerados estelares e as suas estrelas constituintes são a chave para compreender a formação e evolução das galáxias. Durante décadas, os astrônomos pensaram que as estrelas que constituíam um determinado aglomerado globular tinham todas a mesma idade e composição química - mas agora sabemos que estes objetos são bem mais estranhos e complexos”.
A galáxia elíptica Centaurus A (também chamada NGC 5128) é a galáxia gigante mais próxima da Via Láctea e pensa-se que abrigue cerca de 2000 aglomerados globulares. Muitos destes aglomerados são mais brilhantes e mais massivos dos que os cerca de 150 que orbitam a Via Láctea.
Matt Taylor e a sua equipe executaram o estudo mais detalhado feito até hoje de uma amostra de 125 aglomerados globulares que se situam em torno de Centaurus A, com o auxílio do instrumento FLAMES montado no Very Large Telescope do ESO, no Observatório do Paranal, no norte do Chile.
A equipe usou estas observações para deduzir a massa dos aglomerados e comparar este resultado com o quão brilhante cada um deles é.
Para a maioria dos aglomerados do novo rastreio, os mais brilhantes apresentam maior massa da maneira esperada - se um aglomerado contém mais estrelas tem um brilho total maior e mais massa total. Mas para alguns dos aglomerados globulares observou-se algo inesperado: eram muitas vezes mais massivos do que pareciam. E mais estranho ainda, quanto mais massivos eram estes aglomerados incomuns, maior a fração de material que era escuro. Algo nestes aglomerados era escuro, escondido e massivo. Mas o quê?
Existem várias possibilidades. Talvez os aglomerados escuros contenham buracos negros ou outro tipo de restos estelares escuros nos seus núcleos. Este é um fenômeno que pode explicar alguma da massa escondida, mas a equipe concluiu que tem que haver algo mais. E matéria escura? Os aglomerados globulares são normalmente considerados praticamente desprovidos desta substância misteriosa mas, talvez devido a alguma razão desconhecida, alguns aglomerados tenham retido uma quantidade significativa de aglomerações de matéria escura no seu interior. Este aspecto poderá explicar as observações, no entanto não se enquadra nas teorias convencionais.
Thomas Puzia, co-autor do trabalho, acrescenta: ”A nossa descoberta de aglomerados estelares com massas inesperadamente elevadas para o número de estrelas que contêm sugere a existência de várias famílias de aglomerados globulares, com diferentes histórias de formação. Aparentemente alguns aglomerados estelares parecem ser bastante comuns, mas na realidade podem ter muito mais, literalmente, do que o que efetivamente observamos”.
Estes objetos permanecem um mistério. A equipe está também trabalhando num rastreio maior de outros aglomerados globulares noutras galáxias e existem algumas pistas intrigantes de que tais aglomerados escuros se encontram também noutros lugares.
Matt Taylor resume a situação: “Encontramos uma nova e misteriosa classe de aglomerados estelares! Isto mostra o quanto ainda temos a aprender sobre todos os aspectos da formação de aglomerados globulares. Trata-se de um resultado importante e o próximo passo consiste em descobrir mais exemplos destes aglomerados escuros em torno de outras galáxias”.

sábado, 20 de junho de 2015

SONDA CASSINI FAZ SEU ÚLTIMO VOO RASANTE COM HIPÉRION, A ESTRANHA LUA DE SATAURNO

Hiperion - sonda Cassini
Sonda Cassini encontro rasante com lua Hiperion; Teria a bizarra lua de aparência esponjosa algum segredo a ser revelado?
A sonda Cassini da NASA fez o seu último voo rasante na grande e irregular lua de Saturno, a Hipérion, no dia 31 de maio de 2015.
A nave espacial que orbita Saturno, passou a cerca de 34 mil km de Hipérion. Conforme foi dito pelos controladores da missão, as imagens foram disponibilizadas em menos de 48 horas após seu último encontro. Confira:

Hiperion, satélite de Saturno
Imagem de Hiperion (já processada) feita pela sonda Cassini em seu encontro no dia 31 de maio de 2015. Créditos: NASA / ESA / JPL-Caltech
O satélite Hipérion é um corpo caótico, com cerca de 270 km de diâmetro, com rotação irregular e imprevisível. Devido as suas características pouco familiares, é um desafio conseguir se aproximar de uma região específica da lua, e a maioria das aproximações anteriores que Cassini fez com Hipérion, ela observou praticamente o mesmo lado escarpado da lua.
Segundos os cientistas da missão Cassini, a aparência esponjosa incomum de Hipérion se deve ao fato da lua ter uma densidade extremamente baixa considerando seu grande tamanho, com um fraco poder gravitacional, o que torna Hipérion bastante porosa. Por ter uma densidade de aproximadamente a metade da densidade da água, os objetos cósmicos que colidem com a lua tendem a pressionar sua superfície, ao invés de escavá-la, e o material soprado para fora, nunca retorna.

Hipérion , lua de Saturno
Hipérion, Lua satélite de Saturno. Imagem registrada pela sonda Cassini, no dia 26 de setembro de 2005, durante seu encontro mais próximo com a lua. Créditos: NASA / JPL / SSI
O sobrevoo mais próximo que a sonda Cassini já fez com Hipérion foi no dia 26 de setembro de 2005, quando chegou a uma distância de apenas 505 km de sua superfície! Hipérion é a oitava maior lua de saturno (sendo a maior de todas as irregulares), e possui uma órbita excêntrica, próxima da órbita de Titã.
Em outubro de 2015, a sonda Cassini fará dois voos rasantes na ativa lua Encélado, com seus jatos de gelo, chegando tão próximo quanto 48 quilômetros na passagem final.
No final de 2015, a sonda irá novamente para o plano equatorial de Saturno, onde os sobrevoos com suas luas acontecem mais frequentemente, iniciando uma escala ousada em seu último ano de missão.
Em seu "Grand Finale", Cassini passará repetidamente pelos anéis de Saturno, e quem sabe, conseguir informações importantes sobre os elementos que formam os incríveis anéis... e claro, obter imagens através de um ponto de vista fantástico!
Fonte: NASA
Imagens: NASA / JPL / SSI / Cassini

sexta-feira, 19 de junho de 2015


A TERRÍVEL BELEZA DA NÉBULA MEDUSA

O Very Large Telescope do ESO obtém imagem da Nebulosa da Medusa
Com o auxílio do Very Large Telescope do ESO, instalado no Chile, astrônomos capturaram a imagem mais detalhada até hoje da Nebulosa da Medusa. À medida que a estrela no coração desta nebulosa se aproxima de sua aposentadoria, as suas camadas mais exteriores vão sendo libertadas para o espaço, formando uma nuvem colorida. A imagem pressagia o que acontecerá ao Sol num futuro distante, quando na sua fase final se transformar num objeto desde tipo.
Esta bonita nebulosa planetária retira o seu nome da terrível criatura da mitologia grega - Medusa, a Górgone. Este objeto tem também o nome Sharpless 2-274 e situa-se na constelação dos Gêmeos. A Nebulosa da Medusa tem uma dimensão de cerca de quatro anos-luz e encontra-se a uma distância de cerca de 1500 anos-luz da Terra. Apesar do seu tamanho é extremamente tênue e difícil de observar.
A Medusa era uma criatura hedionda com serpentes na cabeça em vez de cabelos. As serpentes estão representadas pelos filamentos serpenteantes de gás brilhante desta nebulosa. O brilho vermelho do hidrogênio e a emissão verde mais fraca do oxigênio estendem-se muito para além da imagem, formando esta imagem crescente no céu. A ejeção de massa por parte das estrelas que se encontram nesta fase da sua evolução é muitas vezes intermitente, o que pode resultar em estruturas fascinantes no seio das nebulosas planetárias.
Imagem de grande angular do céu em torno da Nebulosa da Medusa
Imagem de grande angular do céu em torno da Nebulosa da Medusa
Esta imagem  grande angular mostra o céu em torno da grande mas tênue nebulosa planetária conhecida por Nebulosa da Medusa. Podemos ver toda a extensão deste objeto, assim como muitas estrelas tênues e, muito para lá delas, inúmeras galáxias distantes. Esta imagem foi criada a partir de dados do Digitized Sky Survey 2. Crédito:ESO/Digitized Sky Survey 2

Durante dezenas de milhares de anos os núcleos estelares das nebulosas planetárias encontram-se rodeados por estas espetaculares nuvens coloridas de gás. Depois de mais alguns milhares de anos o gás vai-se dispersando lentamente para o meio circundante. Trata-se da última fase de transformação de estrelas como o Sol, antes de terminarem as suas vidas ativas sob a forma de anãs brancas. A fase de nebulosa planetária na vida de uma estrela corresponde a uma fração minúscula do seu tempo de vida total - tal como o tempo que uma criança leva a soprar uma bola de sabão e a vê-la afastar-se é um instante breve no seu tempo de vida total.
A radiação ultraviolenta intensa emitida pela estrela muito quente que se situa no núcleo da nebulosa, faz com que os átomos do gás que se desloca para o exterior perca os seus elétrons, dando origem ao gás ionizado. As cores características deste gás brilhante podem ser usadas para identificar objetos. Em particular, a presença do brilho verde emitido pelo oxigênio duas vezes ionizado ([O III]) usa-se para encontrar nebulosas planetárias. Utilizando filtros apropriados. Os astrônomos conseguem isolar a radiação emitida pelo gás brilhante e fazer com que a nebulosa tênue apareça muito mais destacada sobre o plano de fundo mais escuro.
Quando a emissão verde de [O III] da nebulosa foi observada pela primeira vez, os astrônomos pensaram que tinham descoberto um novo elemento, ao qual chamaram nebulium. Mais tarde compreenderam que se tratava simplesmente de um comprimento de onda de radiação raro, de uma forma ionizada do familiar elemento que era o oxigênio.
Esta nebulosa também tem o nome de Abell 21 (ou mais formalmente PN A66 21), devido ao astrônomo americano George O. Abell, que descobriu este objeto em 1955. Durante algum tempo os astrônomos debateram entre si se esta nuvem seria os restos da explosão de uma supernova. No entanto, nos anos 1970, os investigadores conseguiram medir o movimento e outras propriedades do material da nuvem e esta foi claramente identificada como sendo uma nebulosa planetária.
Esta imagem foi criada a partir de dados capturados com o instrumento FORS (FOcal Reducer and low dispersion Spectrograph), montado no VLT, obtidos no âmbito do programa Jóias Cósmicas do ESO.

domingo, 14 de junho de 2015

GRAVIDADE: COMO FUNCIONA? COMO PODEMOS ENTENDÊ-LA

Nós a sentimos mas não podemos toca-la e nem vê-la, mas é comprovada a sua força e existência. A gravitação mantém os planetas em órbita ao redor do Sol. (Sem escala)
A gravidade é uma das quatro forças fundamentais da natureza, em conjunto com a força forte, eletromagnetismo e força fraca.1 Na física moderna, a descrição mais precisa da gravidade é dada pela teoria geral da relatividade de Einstein, segundo a qual o fenômeno é uma consequência da curvatura espaço-tempo que regula o movimento de objetos inertes. A clássica Lei da gravitação universal de Newton postula que a força da gravidade é proporcional às massas dos corpos em interação e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre si. Esta descrição oferece uma aproximação precisa para a maioria das situações físicas, entre as quais os cálculos de trajetória espacial.2
Do ponto de vista prático, a atração gravitacional da Terra confere peso aos objetos e faz com que caiam ao chão quando são soltos (como a atração é mútua, a Terra também se move em direção aos objetos, mas apenas por uma ínfima fração)

A Lua é atraída pela Terra, a Terra é atraída pelo Sol,e o Sol é atraído pela Via Láctea... Todos atraídos em queda contínua e constante por força gravitacional em maior escala.
Do ponto de vista cosmológico, a gravidade faz com que a matéria dispersa se aglutine, e que essa matéria aglutinada se mantenha intacta, permitindo dessa forma a existência de planetas, estrelas, galáxias e a maior parte dos objetos macroscópicos no universo. A gravidade é ainda responsável por manter a Terra e os demais planetas e satélites nas respetivas órbitas, pela formação das marés pela convecção natural, e por aquecer o interior de estrelas e planetas em formação e por vários outros fenômenos na Terra e no universo.
Gravitação é a força de atração que existe entre todas as partículas com massa no universo. A gravitação é responsável por prender objetos à superfície de planetas e, de acordo com as leis do movimento de Newton, é responsável por manter objetos em órbita em torno uns dos outros. A gravidade faz muito mais do que simplesmente segurar-nos às nossas cadeiras.
Foi Isaac Newton quem a reconheceu. Newton escreveu numa das suas memórias que na altura em que estava a tentar compreender o que mantinha a Lua no céu viu uma maçã cair no seu pomar, e compreendeu que a Lua não estava suspensa no céu mas sim que caía continuamente, como se fosse uma bola de canhão que fosse disparada com tanta velocidade que nunca atinge o chão por este também "cair" devido à curvatura da Terra.
Segundo a terceira lei de Newton, quaisquer dois objetos exercem uma atração gravitacional um sobre o outro de igual valor e sentido oposto. Pouco se sabia sobre gravitação até o século XVII, pois acreditava-se que leis diferentes governavam os céus e a Terra. A força que mantinha a Lua pendurada no céu nada tinha a ver com a força que nos mantém presos à Terra. Isaac Newton foi o primeiro a pensar na hipótese das duas forças possuírem as mesmas naturezas; até então, havia apenas a teoria magnetista de Johannes Kepler, que dizia que era o magnetismo que fazia os planetas orbitarem o Sol.

terça-feira, 9 de junho de 2015

SATURNO ESTÁ  EM SUA MÁXIMA APROXIMAÇÃO DE 2015,E ESTARÁ MAIS BRILHANTE DO QUE NOS ÚLTIMOS 8 ANOS


O gigante Senhor dos anéis do Sistema Solar está chegando em seu ponto mais próximo da Terra, e esse é o melhor momento para observá-lo. Saturno em seu ponto mais próximo nos dá a oportunidade de contemplá-lo durante toda a noite! E você sabe que nesta semana é a melhor época para aproveitar esse grande alinhamento cósmico? E o melhor: Saturno estará mais brilhante do que esteve nos últimos oito anos
Saturno encontra-se atualmente entre as constelações de Escorpião e Libra, e a partir das 21:00 é fácil de ser localizado pois está observável no centro do céu noturno,os anéis do planeta estão inclinados a um ângulo de 24°, o que faz com que o planeta se torne mais brilhante nesse momento. Justamente por isso, esta é a melhor época dos últimos anos para observar Saturno.
Assim como seus anéis, astrônomos amadores podem ver até 8 de seus 62 satélites naturais, apenas utilizando telescópios amadores. O maior e mais brilhante de todos é Titã, que parece com uma pequena bola laranja em grandes ampliações. A cor fascinante dessa lua vem de nuvens de poluição orgânica congelada na sua atmosfera espessa desse pequeno mundo. E por conta da maioria das luas de Saturno estarem no mesmo plano de seus anéis, elas vão aparecer  um pouco acima ou abaixo do equador do planeta,conforme elas movem suas órbitas ao redor do gigante senhor dos anéis.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

CIENTISTAS BUSCAM SINAIS DE VIDA EXTRATERRESTRE EM 100.000 GALÁXIAS; E O RESULTADO GERA POLÊMICA

Galáxia de Andrômeda no Infravermelho
Seria uma 'evidência concreta' do paradoxo de Fermi?
Na busca emocionante por vida extraterrestre, a maioria dos cientistas pensam em coisas mais sutis, como moléculas orgânicas complexas ou talvez até micróbios, mas por outro lado, outros estão pensando grande e estão tentando encontrar evidências de outras civilizações altamente avançadas em todo o Universo. Infelizmente (ou felizmente, depende do ponto de vista), tudo indica que os esforços dos cientistas para encontrar sociedades extraterrestres avançadas não estão gerando resultados satisfatórios, e após uma profunda busca em 100.000 galáxias, uma equipe de astrônomos saiu de mãos vazias, mas de "cabeça cheia"...
Mais do que nunca, o paradoxo de Fermi parece ficar em evidência. O paradoxo é a aparente contradição entre as altas estimativas de probabilidade de existência de vida extraterrestre, e a falta de evidências ou de contato com tais civilizações.
Os cientistas buscaram por sinais de contato, pulsos de rádio e emissões diferentes em 100 mil galáxias, e nenhuma delas (nenhuma sequer) deu um sinal de esperança para  nós. Os resultados estão deixando cientistas "com a pulga atrás da orelha", mas de acordo com a NASA, nós iremos provavelmente encontrar vida extraterrestre nos próximos 10 anos. E se você pensa que os resultados negativos dessa grande busca acabaram desmotivando os pesquisadores, você está enganado(a).
Enquanto para muitos astrônomos a negativa deixou claro que a vida no Universo não é tão abundante como esperávamos, para a grande maioria, nós só não conseguimos detectar os sinais por falta de tecnologia, e é com esse pensamento que os cientistas se motivaram ainda mais para desenvolver instrumentos mais avançados, a fim de ter uma chance melhor de encontrar algo que deve estar lá fora...

galáxia no infravermelho
galáxia no infravermelho
Galáxia Arp 220, vista através do infravermelho. Créditos: NASA / ESA / Hubble

Para realizar tal investigação, os astrônomos usaram dados recolhidos pelo Observatório WISE da NASA, que é projetado para detectar comprimentos de onda no infravermelho médio. Em 1964, o astrônomo soviético Nikolai S. Kardashev propôs um método de medição do avanço tecnológico de uma civilização, com base na quantidade de energia que essa civilização é capaz de utilizar. Ele identificou três tipos de civilizações chamadas de Tipo I, II, e III. A civilização de Tipo I pode gerenciar os recursos energéticos e materiais de todo seu planeta. A civilização de Tipo II é capaz de aproveitar os recursos energéticos e materiais de um sistema planetário e de sua estrela hospedeira. A civilização de Tipo III seria capaz de mobilizar os recursos energéticos e materiais de uma galáxia inteira. Essa teoria foi também postulada nos anos 60 pelo físico teórico Freeman Dyson, que sugeria que civilizações extraterrestres avançadas poderiam ser detectadas pelo seu calor residual, o que seria visto como radiação infravermelha.
"Se uma civilização avançada usa grandes quantidades de energia para seus computadores, voos espaciais, comunicação, ou algo que ainda não podemos imaginar, a termodinâmica fundamental nos diz que esta energia deve ser irradiada em forma de calor através de comprimentos de onda infravermelha ", explica o líder da pesquisa Jason Wright. "Esta mesma base física faz com que o computador irradie calor enquanto estiver ligado."
Depois de estudar um banco de dados imenso, com cerca de 100 milhões de entradas, o principal autor do estudo, Roger Griffith, identificou 100.000 galáxias promissoras. Os cientistas, em seguida, tiveram o trabalho agonizante de examinar cada uma delas para procurar as melhores candidatas, e reduziram a lista para 50 galáxias, que pareciam estar emitindo níveis anormais e elevados de radiação no infravermelho médio. Infelizmente, as investigações posteriores não encontraram nenhuma evidência convincente de que qualquer uma dessas galáxias seriam habitadas por civilizações extraterrestres avançadas.
Mas claro, isso não significa que as civilizações alienígenas não estejam espalhadas pelo Universo, ou que devemos parar de procurá-las. Segundo o físico teórico Avi Loeb, as civilizações extraterrestres realmente existem, é  possível que algumas utilizem muito menos energia do que o sugerido por Dyson, o que tornaria sua detecção extremamente difícil, principalmente quando falamos em outras galáxias.
civilização extraterrestre avançada

Galáxia de Andrômeda no Infravermelho
Imagem de coloração não real da emissão no infravermelho da grande Galáxia de Andrômeda,
como é vista através do Telescópio Espacial WISE. A cor alaranjada representa emissões de calor
geradas pelo nascimento de estrelas no grande espiral da galáxia.
Créditos: NASA / JPL-Caltech / WISE

"Os limites apresentados nesse estudo levam em conta apenas o mais extremo impacto que uma civilização extraterrestre poderia causar", explica o Dr. Avi Loeb. "Para efeito de comparação, os processos criados pela nossa civilização gera apenas um milésimo de trilionésimo da energia liberada pelo Sol. Civilizações com tecnologias mais avançadas são muito mais propensas a existir, tanto em termos de viabilidade tecnológica quanto em termos de necessidades de energia".
Detectar sinais em nossa própria Galáxia já é uma tarefa que exige um grande esforço, e quando falamos em 100 mil outras galáxias, essa missão pode se tornar muito, muito mais complicada. E apesar dos resultados serem negativos, a maior parte dos pesquisadores acredita que o único problema não é o fato dos sinais não terem sido detectados, mas sim, que a nossa tecnologia pode estar um tanto defasada se comparada ao que pode existir lá fora.
Por outro lado, apesar de não encontrar sinais de uma civilização super avançada, os cientistas detectaram cerca de 6 objetos que merecem estudos mais detalhados. Os fenômenos que estariam em nossa própria Galáxia, incluem um grupo de objetos que são completamente invisíveis quando olhados através da luz visível, mas que foram facilmente detectados através do WISE e sua visão no infravermelho. Segundo Matthew Povich, co-investigador do estudo, esses objetos não só merecem, como terão uma atenção maior.