MARAVILHA DO UNIVERSO

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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

UM NOVO BURACO NEGRO SUPER MASSIVO ESTÁ DEIXANDO CIENTISTAS LOUCOS



 Segundo os pesquisadores, ele foge de toda e qualquer teoria existente... pois ele nem deveria 
O buraco negro super massivo central de uma galáxia recentemente descoberta é muito maior do que deveria ser... maior até do que acreditava-se ser possível, de acordo com as atuais teorias de evolução galáctica. Segundo os pesquisadores, ele foge de toda e qualquer teoria existente... pois ele nem deveria existir.

Um novo trabalho, realizado por astrônomos da Universidade de Keele e da Universidade de Lancashire, mostra um buraco negro muito mais massivo do que deveria ser, em comparação com a massa da galáxia em torno dele. Os cientistas publicaram seus resultados em um artigo na Monthly Notices da Royal Astronomical Society.
A galáxia, SAGE0536AGN foi descoberta inicialmente com o Telescópio Espacial Spitzer da NASA, através da luz infravermelha. Com pelo menos 9 bilhões de anos, essa galáxia contém um núcleo ativo (AGN), um objeto incrivelmente brilhante resultante do acréscimo de gás por um buraco negro supermassivo central. O gás é acelerado a velocidades elevadas devido ao campo gravitacional imenso do buraco negro, fazendo com o gás emitir luz.
buraco negro
buraco negro Ilustração artística de um buraco negro. Créditos: Wikipedia Commons
Posteriormente, a equipe também confirmou a presença do buraco negro através da medição da velocidade do gás. Usando o Grande Telescópio Sul Africano, os cientistas observaram uma linha de emissão do hidrogênio no espectro da galáxia, que é ampliada através do Efeito Doppler, onde o comprimento de onda (cor) da luz se torna azul ou vermelho, dependendo se o objeto está se distanciando ou se aproximando de nós. O fato é que através desse estudo, os cientistas perceberam que o gás se move a uma altíssima velocidade em torno do centro galático, que é o resultado do forte campo gravitacional do buraco negro.
Estes dados ainda foram utilizados para calcular a massa do buraco negro: quanto maior é a massa do buraco negro, mais ampla será sua linha de emissão. O buraco negro no centro da galáxia SAGE0536AGN foi calculado em 350 milhões de vezes a massa do Sol, sendo que a massa de sua galáxia (obtida através de medições do movimento se suas estrelas) foi calculada em 25 bilhões de massas solares. Apesar da galáxia ter cerca de 70 vezes a massa do buraco negro, ele ainda é 30 vezes maior do que o esperado para este tamanho de galáxia.
"As galáxias têm uma grande massa, e seus buracos negros centrais também. Este, porém, é realmente grande demais. É simplesmente impossível, segundo a teoria atual", disse o Dr. Jacco van Loon, astrofísico da Universidade de Keele e principal autor do estudo.
Em galáxias normais, o buraco negro iria crescer ao mesmo ritmo que a galáxia, mas em SAGE0536AGN o buraco negro tem crescido muito mais rápido, ou a galáxia parou de crescer prematuramente. Como essa galáxia foi encontrada por acidente, pode haver mais objetos como esse à espera de serem descobertos. O tempo dirá se SAGE0536AGN é um caso único ou se é simplesmente o primeiro de uma nova classe de galáxias.
Fonte: Royal Astronomical Society / Dailygalaxy
Imagens: (capa-ilustração/Galeria do Meteorito) / Wikipedia Commons

domingo, 22 de novembro de 2015

A LUA ESTÁ A ENCOLHER E A RACHAR E A CULPA É DA TERRA


O lado oculto da Lua. O encolhimento da Lua é uma certeza científica desde 2010, mas só agora se conseguiu descobrir o que é que explica a forma como este satélite natural da Terra está a rachar e a ganhar fissuras.
Estes sulcos na superfície da Lua são provocados pela contracção que se tem vindo a verificar neste corpo celeste.
O interior da Lua arrefeceu e esta contraiu-se, encolhendo em cerca de 182.8800 metros, conforme dados científicos citados pelo The New York Times.
Mas, em 2010, quando se notou o encolhimento lunar e se detectaram pela primeira vez estas fissuras, numa pesquisa da equipa científica liderada por Thomas R. Watters do Museu Nacional Aeroespacial Smithsonian, nos EUA, não se percebeu que o seu aparecimento respeitava um determinado padrão.
Estes cientistas tiveram como base para a sua investigação imagens recolhidas pela NASA e, na altura, apenas 10% da superfície da Lua tinha sido fotografada.
Os 14 sulcos que então detectaram não deram, assim, muitas informações.
Volvidos cinco anos, a contagem das rachadelas da Lua já vai em mais de 3,200 e a equipa de Thomas R. Watters conseguiu apurar que estas fissuras não são uniformes em toda a superfície lunar, apontando para direções distintas.
Resultados divulgados pelo jornal destacam que o investigador e os seus pares concluíram que em torno das regiões Equatorial e das Latitudes Médias – as áreas entre os trópicos e as regiões polares – se nota uma predominância de cumes a apontar do norte para o sul, enquanto nos Pólos as fissuras tendem a uma direção Este-Oeste.
Dados que indiciam que a culpa por estas rachadelas é da Terra e, mais especificamente, da força gravitacional que o nosso planeta exerce sobre a Lua.
As chamadas forças de maré que atraem a Lua geram uma pressão que é suficiente para motivar as quebras lunares dentro do padrão detectado, frisa o citado jornal.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

SUPERNOVAS PRODUZEM POEIRA CÓSMICA MUITO DEPOIS DE EXPLODIREM

Uma supernova vista pelo Hubble
Astrônomos detetaram, pela primeira vez, que as supernovas estrelas que resultam da morte de uma estrela maior – produzem poeira cósmica, num processo que continua muito depois da sua explosão, informou esta quarta-feira o Observatório Europeu do Sul (OES).
A observação da formação de poeira cósmica, em tempo real, foi feita a partir do telescópio VLT do Observatório, localizado a norte do Chile, tendo uma equipa de astrónomos analisado a luz emitida pela supernova SN 2010jl, à medida que desaparecia.
A supernova em causa, “invulgarmente brilhante” e observada pela primeira vez em 2010, explodiu na pequena galáxia UGC 5189A.
A poeira cósmica é constituída por “grãos de silicatos e carbono amorfo – minerais que são também abundantes na Terra”, segundo uma nota divulgada pelo OES, organização da qual Portugal faz parte.
A equipa de peritos descobriu que “a formação de poeira começa pouco depois da explosão” da supernova e “prolonga-se durante um longo período de tempo“.
Os resultados das observações “indicam que, numa segunda fase – depois de várias centenas de dias -, ocorre um processo acelerado de formação da poeira que envolve material ejetado pela supernova”, adianta o OES.
No seu estudo, cujas conclusões são publicadas hoje na edição digital da revista Nature, os astrónomos usaram o espectrógrafo X-shooter para observar a SN 2010jl “nove vezes nos meses que se seguiram à sua explosão e uma décima vez dois anos e meio depois da sua explosão”, tanto nos comprimentos de onda do visível como no infravermelho.
“Combinando dados dos nove anteriores conjuntos de observações, pudemos fazer as primeiras medições diretas de como a poeira em torno da supernova absorve as diferentes cores da luz”, disse o autor principal do estudo, Christa Gall, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca.
De acordo com o Observatório Europeu do Sul, as novas medições revelaram ainda que os grãos de poeira formados após a explosão da supernova SN 2010jl – com a morte de uma estrela com pelo menos oito vezes a massa do Sol – são grandes.
A equipa de astrónomos verificou que os grãos que têm um diâmetro maior que um milésimo de milímetro “formaram-se rapidamente no material denso que rodeia a estrela”. Apesar de ainda minúsculos, os grãos de poeira cósmica são considerados grandes, o que os torna “mais resistentes a processos destrutivos”.
O Observatório Europeu do Sul adianta que, se a produção de poeira da SN 2010jl continuar, “25 anos depois da supernova explodir, a massa total de poeira será cerca de metade da massa do Sol”.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

IMAGENS DO PÔR DO SOL EM PLUTÃO REVELAM MONTANHAS MAJESTOSAS E MAR DE NÉVOA

Apenas 15 minutos depois da sua maior aproximação a 14 de julho de 2015, a sonda New Horizons olhou para trás em direção ao Sol e captou esta imagem do pôr-do-Sol perto das montanhas e planícíes geladas que se estendem para lá do horizonte de Plutão.
As imagens mais recentes da sonda New Horizons da NASA chocaram os cientistas – não só pelas suas vistas deslumbrantes das majestosas montanhas de Plutão, pelos fluxos de azoto congelado e pelas assombrosas neblinas de baixa altitude, mas também pela sua estranhamente familiar aparência ártica.
Esta nova imagem do crescente de Plutão – obtida pelo instrumento MVIC (wide-angle Ralph/Multispectral Visual Imaging Camera) no dia 14 de julho e enviada para a Terra no dia 13 de setembro – fornece um olhar oblíquo das paisagens plutonianas com uma iluminação dramática do Sol, e destaca espetacularmente os terrenos variados e a atmosfera estendida de Plutão. A cena mede 1.250 km de largura.
“Esta imagem faz realmente parecer que estamos lá, em Plutão, a explorar a paisagem por nós próprios“, afirma Alan Stern, investigador principal da New Horizons, do SwRI (Southwest Research Institute) em Boulder, Colorado, EUA. “Mas esta imagem é também uma mina de ouro científica, revelando novos detalhes sobre a atmosfera, montanhas, glaciares e planícies de Plutão”.
Devido à sua favorável luz de fundo e alta resolução, esta imagem do MVIC também revela novos detalhes de neblinas através da ténue mas larga atmosfera de azoto de Plutão. A imagem mostra mais de uma dúzia de finas camadas desde o chão até pelo menos 100 km acima da superfície. Além disso, revela pelo menos uma névoa de baixa altitude, parecida com nevoeiro, iluminada pelo pôr-do-Sol contra o lado escuro de Plutão, arranhada por sombras de montanhas próximas.
NASA/JHUAPL/SwRI
Apenas 15 minutos depois da sua maior aproximação de passado dia 14 de julho de 2015, a sonda New Horizons olhou para trás em direção ao Sol e capturou esta imagem do aproximar do pôr-do-Sol perto de montanhas e planícíes geladas que se estendem para lá do horizonte de Plutão.Imagem de Plutão captada a partir da sonda New Horizons
“Além de serem visualmente impressionantes, estas neblinas baixas sugerem mudanças meteorológicas, de dia para dia, em Plutão, tal como na Terra,” comenta Will Grundy, líder da equipa de composição da New Horizons e do Observatório Lowell em Flagstaff, Arizona.
Combinada com outras imagens transferidas recentemente, esta nova foto também fornece evidências para um ciclo “hidrológico” notavelmente parecido com o da Terra, mas que em Plutão envolve gelos macios e exóticos, incluindo azoto em vez de água gelada.
As áreas brilhantes a este da vasta planície gelada informalmente chamada Sputnik Planum parecem ter sido cobertas por estes gelos, que podem ter evaporado da superfície de Sputnik e sido depositadas para leste. O novo panorama do Ralph também revela glaciares que correm novamente para Sputnik Planum a partir desta região coberta; estas características são parecidas com os fluxos gelados nas margens de calotas de gelo na Gronelândia e na Antártida.
“Não esperávamos encontrar indícios de um ciclo glacial à base de azoto em Plutão, a operar nas condições frias do Sistema Solar exterior,” afirma Alan Howard, membro da equipa GGI (Geology, Geophysics and Imaging) da missão e da Universidade de Virginia em Charlottesville. “Impulsionado pela fraca luz solar, este será diretamente comparável com o ciclo hidrológico que alimenta calotas de gelo na Terra, onde a água é evaporada dos oceanos, cai como neve e regressa aos mares através do fluxo glacial”.
“Plutão é surpreendentemente parecido com a Terra neste aspeto,” acrescenta Stern,” e ninguém previu isso“.