MARAVILHA DO UNIVERSO

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A TERRA PODE ESTAR SENDO CERCADA POR LONGOS FIOS DE MATÉRIA ESCURA

terra está cercada por fios de matéria escura

A Terra pode ostentar uma espessa camada de longos fios ou filamentos de matéria escura, sugere um novo estudo.
Os astrônomos acreditam que a matéria escura (uma substância misteriosa, invisível que nem emite nem absorve luz, e é cerca de seis vezes mais comum do que a matéria normal) forma linhas finas e muito longas em todo o Universo.
"Um desses fios pode ser muito maior do que o próprio Sistema Solar, e há muitos outros que podem cruzar nossa vizinhança galática", disse o autor do estudo Gary Prézeau, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
A matéria escura não interage muito com a matéria normal, então esses longos fios podem "penetrar" nos planetas interiores. Gary realizou simulações de computador para entender o que acontece quando esses fluxos passam pela Terra e outros planetas no Sistema Solar. Ele descobriu que a gravidade dos planetas dobra os fios, tornando-os mais difusos.
No caso da Terra, os fios longos começam a cerca de 1 milhão de quilômetros da superfície, se estendendo até cerca de 2 milhões de km do nosso planeta. Como comparação, a Lua orbita a Terra a uma distância média de 385.000 km.
Esta descoberta pode ajudar os astrônomos a entender um pouco mais sobre a matéria escura, cuja existência pôde ser percebida através de interferências gravitacionais com outros objetos compostos de "matéria normal" (já que a matéria escura não pode ser detectada).
"Se pudéssemos identificar a localização exata desses fluxos de matéria escura, poderíamos enviar uma sonda para obter dados e talvez recolher informações sobre ela", disse Gary.

Terra cercada por matéria escura
Ilustração artística mostra possível região onde encontra-se o início
dos fluxos de matéria escura ao redor da Terra.Créditos: NASA / JPL-Caltech

O novo estudo, publicado no The Astrophysical Journal, sugere ainda que as diferentes camadas de um planeta (ou de um satélite natural) devem causar dobras diferentes nos longos fios de matéria escura. "Teoricamente, se fosse possível obter essa informação, os cientistas poderiam usar esses fluxos de matéria escura para mapear as camadas de qualquer corpo planetário, e até mesmo profundos oceanos de luas geladas, por exemplo", escreveram oficiais da NASA em um comunicado oficial. Os cientistas acreditam que a matéria escura seja fria, portanto não se movimenta muito.
Enquanto a matéria escura é muito mais abundante do que a matéria regular, os cientistas pensam que o material invisível forma apenas 27% de toda a matéria e a energia do Universo. A maior parte é composta de energia escura, uma força misteriosa associada com a aceleração da expansão do Universo. Por sua vez, a "matéria comum" preenche apenas 5% do Universo.
Fonte: Space / NASA
Imagens: (capa-ilustração/NASA) / NASA/JPL-Caltech

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

QUAL O MOTIVO DA LUA TER SEMPRE O MESMO LADO VOLTADO PARA TERRA?

Face oculta da Lua

A Lua apresenta sempre a mesma “face” para um observador na Terra. 
Com o passar dos dias, semanas e meses, podemos verificar que a Lua tem sempre o mesmo lado voltado para nós. Quer isto dizer que também possui um lado que nós nunca vemos. É o chamado lado oculto da Lua.
A resposta está num fenômeno chamado de rotação sincronizada. O tempo que a Lua demora a completar uma volta sobre si própria é de 27,3 dias terrestres, que corresponde ao mesmo tempo que demora a completar uma volta ao redor da Terra, fazendo com que tenha sempre o mesmo hemisfério voltado para o nosso planeta. Como consequência disso, há um outro hemisfério que nós nunca vemos.
Esse hemisfério que nós nunca vemos por vezes é chamado de lado escuro da Lua ou lado negro da Lua. Estes termos não estão corretos pois passam a ideia que esse lado está sempre escuro, o que não corresponde à verdade.
O lado oculto da Lua foi pela primeira vez observado em 1959, através da sonda espacial russa Luna 3. Pela primeira vez a humanidade tinha acesso a esse hemisfério lunar. Em 1968, os astronautas da Apollo 8 foram os primeiros humanos a observar diretamente o lado oculto da Lua, quando estavam em orbita ao redor do nosso satélite natural.
A superfície do lado oculto da Lua é dominado por inúmeras crateras e por poucos “mares lunares”. Os chamados mares lunares são regiões mais escuras da superfície da Lua e que apresentam poucas crateras. Quando olhamos para a Lua podemos observar umas “manchas” escuras. Essas “manchas” são os mares. A face oculta da Lua é pobre no que toca a esse tipo de terreno.
É no lado oculto da Lua que se encontra uma das maiores crateras de impacto conhecidas do Sistema Solar, a Bacia do Polo Sul-Aitken. Esta bacia possui aproximadamente 2.500 km de diâmetro e cerca de 13 km de profundidade.


A bacia do Polo Sul - Aitken é uma enorme cratera de impacto localizada no lado oculto da Lua. Com cerca de 2.500 km de diâmetro e 13 quilômetros de profundidade, é uma das maiores crateras de impacto conhecidas no Sistema Solar. É o maior, mais antigo e mais profunda depressão reconhecida na Lua. Foi nomeado por seus dois pontos em lados opostos; a cratera Aitken no extremo norte e o polo sul lunar, no outro extremo. A borda externa da bacia pode ser vista da Terra como uma enorme cadeia de montanhas localizadas no sul lunar, às vezes chamado de "montanhas Leibnitz ", embora este nome não seja considerado oficial pela União Astronômica Internacional

domingo, 17 de janeiro de 2016

UMA OBSERVAÇÃO DA BELA BELLATRIX

Bellatrix, uma estrela gigante azul que pode ser observada na constelação de Órion (ou Orionte). Vista a partir da Terra, esta é a terceira estrela mais brilhante da sua constelação. Bellatrix é também designada por Gamma Orionis.
A constelação de Órion tem diversos objetos celestes que despertam bastante interesse. É o caso das estrelas Rigel e Betelgeuse, das “Três Marias“, da nebulosa M42, entre outros. Bellatrix é mais uma estrela interessante da constelação de Órion.
Bellatrix apresenta uma magnitude aparente de +1,64 sendo por isso bem visível a olho nu. Bellatrix situa-se a aproximadamente 250 anos-luz de nós.
Esta é uma estrela gigante azul, e como tal trata-se de uma estrela quente. A temperatura da camada externa de Bellatrix ronda os 22.000 K. Para efeitos de comparação, a temperatura na superfície do nosso Sol ronda os 5.800K.
Bellatrix é uma estrela bastante brilhante, possuindo uma luminosidade de aproximadamente 6.400 vezes superior à luminosidade do Sol.
Esta estrela possui um raio de cerca de 6 vezes o raio do Sol, e uma massa equivalente a cerca de 8,4 vezes a massa solar.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

PELA PRIMEIRA VEZ SONDA DE PLUTÃO OBSERVA MISTERIOSO OBJETO NO CINTURÃO DE KUIPERnew horizons observa objeto no cinturão de kuiperNew horizons observa objeto no cinturão de kuiper. Nunca estivemos tão próximos de um objeto do Cinturão de Kuiper

Apesar de Plutão ser uma memória distante para a missão New Horizons da NASA, isso não significa que sua viagem de descobertas chegou ao fim.
Como podemos ver nessa animação, criada a partir de 4 observações feitas pela nave espacial, um misterioso objeto pode ser visto passando na frente de estrelas distantes. Este é um objeto do Cinturão de Kuiper, ou KBO, e segundo a NASA, é o mais próximo que já chegamos de um objeto dessa região externa do nosso Sistema Solar.
1994 JR1
1994 JR1
Imagens da New Horizons feitas em 2 de novembro de 2015 mostram
o objeto 1994 JR1, com a visão mais próxima de um objeto do
Cinturão de Kuiper. Créditos: NASA / JHUAPL / SwRI
Após passar por Plutão em julho de 2015, a sonda New Horizons mergulhou em linha reta no Cinturão de Kuiper, uma região além de Plutão, que é conhecido por ser preenchida com os restos congelados da formação inicial do nosso Sistema Solar.
Em 2 de novembro, os operadores da missão manobraram a sonda para ir em direção de 1994 JR1, um objeto de 150 quilômetros de largura. Embora 1994 JR1 orbite o Sol a uma distância de 5,3 bilhões de quilômetros, a New Horizons estava a apenas 280 milhões de quilômetros de distância quando fez a observação desse misterioso objeto do Cinturão de Kuiper.
Espera-se que a missão New Horizons consiga arrecadar fundos suficientes para estender sua jornada além de Plutão, e assim, realizar mais observações dos distantes KBOs.
Após realizar uma manobra recente, a sonda New Horizons está agora em curso para encontrar o objeto do Cinturão de Kuiper recém-descoberto 2014 MU69, em 1º de janeiro de 2019. Portanto, se tudo der certo, a espaçonave fará um segundo voo rasante em um objeto distante do Sistema Solar exterior, dentro do Cinturão de Kuiper, algo inédito na exploração espacial.
Fonte: New Horizons
Imagens: (capa-animação:NASA / JHUAPL / SwRI - Edição: Richard Cardial / Galeria do Meteorito) NASA / JHUAPL / SwRI

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

UM SISTEMA PLANETÁRIO ESTÁ SENDO DESTRUÍDO POR SUA ESTRELA

O fim de um sistema planetário
O fim de um sistema planetário. Um corpo rochoso do tamanho de Ceres está com seus dias contados...
"Isso é algo que nenhum ser-humano já havia visto antes", disse o principal autor do estudo, Andrew Vanderburg do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica (CfA). "Estamos assistindo a um sistema planetário sendo destruído!"
Astrônomos do CfA anunciaram a descoberta de um objeto grande e rochoso, que está sendo desintegrado em uma "espiral da morte" em torno de uma estrela anã branca. A descoberta foi publicada na revista Nature.
A grande revelação desse sistema único veio da missão Kepler K2 da NASA, que monitora a mudança de brilho de estrelas, que ocorre quando um corpo em sua órbita passa na sua frente. Os dados revelaram que esse objeto passa na frente da estrela a cada 4,5 horas, o que o coloca em uma órbita de aproximadamente 830.000 km (cerca de duas vezes a distância entre a Terra e a Lua). Além disso, esse é o primeiro objeto planetário encontrado transitando uma anã branca.
Vanderburg e seus colegas fizeram observações adicionais usando telescópios terrestres. como o telescópio Minerva no Observatório Whipple, o MMT, MEarth-South e o Keck.
Ao combinar todos os dados de todas as observações, os astrônomos descobriram que o objeto tem uma forma de cometa, e a parte principal de seu corpo ofusca o brilho da estrela em 40%. As características sugerem a presença de uma nuvem de poeira que se estende ao redor da estrela. A quantidade total de material foi estimada na massa de Ceres, que é o maior objeto do Cinturão de Asteroides do nosso Sistema Solar.
o fim de um sistema planetário
O fim de um sistema planetário Ilustração. Créditos: Cfa
A estrela anã branca está localizada a cerca de 570 anos-luz da Terra, na constelação de Virgem. Quando uma estrela semelhante ao Sol atinge o final de sua vida, ele incha e se torna uma gigante vermelha, expelindo suas camadas esternas. O núcleo quente que resta (aproximadamente do tamanho da Terra) é geralmente composto por carbono e oxigênio, com uma fina camada de hidrogênio ou hélio.
Por outro lado, algumas vezes os astrônomos encontram sinais de elementos mais pesados em anãs brancas. como silício e ferro (através do espectro de luz). Isso ainda é um mistério, uma vez que a intensa gravidade de uma anã branca deveria sugar rapidamente esses metais.
"É como a extração de ouro. O material pesado fica depositado no fundo, assim como esses metais pesados deveriam estar no interior da anã branca, onde não poderiam ser detectados", explica John Johnson, co-autor do estudo.
Os teóricos especulavam que as anãs brancas que mostram evidências de metais pesados estariam "poluídas" após consumirem planetas rochosos ou asteroides. No entanto, as provas sempre foram circunstanciais.. até agora. Este sistema incrivelmente nos mostra as 3 evidências: uma anã branca com metais pesados (poluída), um disco de detritos ao seu redor e pelo menos um corpo rochoso sendo engolido.
"Agora temos a evidência que mostra que ao engolir corpos rochosos, as anãs brancas podem ficar cheias de metais pesados", disse Vanderburg.
Por outro lado, a origem desses objetos rochosos ainda não foi completamente entendida. O cenário mais provável é que a órbita de um planeta existente tornou-se instável, lançando-o para as proximidades da estrela.
O que é certo é que os objetos restantes não vão durar para sempre. Eles estão sendo vaporizados pelo calor intenso da anã branca. Eles também estão orbitando muito perto do raio de maré, que é a distância na qual um objeto pode despedaçar o outro por conta de sua gravidade.
Dentro de alguns milhões de anos, tudo o que restará desse corpo rochoso é uma fina camada de metais na superfície da estrela anã branca... ou seja, apenas o vestígio do que um dia era um planeta, talvez, parecido com a Terra...
Fonte: Daily Galaxy / Cfa / Harvard
Imagens: (capa-ilustração/Galeria do Meteorito) / CfA

sábado, 2 de janeiro de 2016

ESTUDO DIZ: QUE VIDA NA TERRA PODE TER COMEÇADO INSTANTANEAMENTE

a vida na Terra começou quase instantaneamente a 4,1 bilhoes de anos atrás
a vida na Terra começou quase instantaneamente a 4,1 bilhoes de anos atrás
Além disso, a vida é muito mais antiga do que se pensava... 
A vida na Terra pode não ter levado tanto tempo para surgir, é o que sugere um novo estudo.
"Precisamos pensar de forma diferente sobre a Terra primitiva", diz Elizabeth Bell da UCLA (Universidade da Califórnia Los Angeles). A Terra primitiva certamente não era um planeta seco e infernal como acreditávamos, segundo um estudo feito por geoquímicos da UCLA, que simplesmente não encontrou evidências para sustentar essa teoria. Ao invés disso, o planeta teria sido, provavelmente, muito parecido com sua versão atual.

Os cientistas da UCLA encontraram evidências de que a vida provavelmente já existia na Terra, pelo menos a 4,1 bilhões de anos atrás, ou seja, 300 milhões de anos mais cedo do que pesquisas anteriores sugeriam. A descoberta indica que a vida pode ter começado logo após a formação do planeta, que ocorreu a 4,54 bilhões de anos atrás.
A pesquisa foi publicada na edição online do jornal "Proceedings of the National Academy of Sciences".

"A vinte anos atrás, encontrar evidências como essa teria sido uma heresia contra os "dogmas científicos", assim como foi chocante encontrar evidências de vida de 3,8 bilhões de anos atrás", disse Mark Harrison, co-autor da pesquisa e professor de geoquímica na Universidade da Califórnia. "A vida na Terra pode ter começado quase que instantaneamente. Com os ingredientes certos, a vida parece se formar muito rapidamente."

A nova pesquisa sugere que a vida existia antes do "Intenso Bombardeio Tardio" que ocorreu no Sistema Solar interior, e que acredita-se ter criado as grandes crateras da Lua há 3,9 bilhões de anos.

intenso bombardeio tardio
Intenso bombardeio tardio Ilustração artística do Intenso Bombardeio Tardio, ocorrido a cerca de 3,9 bilhões de anos atrás. Créditos: NatGeo / Dana Berry    
O que não se sabe, porém, é se toda a vida na Terra morreu durante o bombardeio, ou se parte dela conseguiu sobreviver. De qualquer forma, mesmo que tenha sido aniquilada, a vida encontrou uma forma rápida de surgir novamente.
Os cientistas há muito tempo acreditavam que a Terra era seca, desolada e inóspita durante esse período de tempo. A pesquisa de Mark Harrison (incluindo um estudo de 2008 publicado na revista Nature), está provando o contrário. Ao que tudo indica, a vida é muito mais abundante do que se pensava.
Os pesquisadores liderados por Elizabeth Bell estudaram mais de 10.000 zircões originalmente formados por rochas fundidas, ou magmas, da Austrália Ocidental. Zircões são minerais pesados, duráveis, ​​relacionados com o zircônio cúbico sintético usado para diamantes feitos em laboratório. Os zircões capturam e preservam seu ambiente imediato, o que significa que podem servir como cápsulas do tempo.
Cristal de Zircão - Tocantins
Cristal de Zircão de Tocantins (2x2 cm).
Créditos: Wikimedia Commons

Os cientistas identificaram 656 zircões contendo manchas escuras que poderiam ser reveladoras, e em seguida, analisaram 79 delas com espectroscopia Raman, uma técnica que mostra a estrutura molecular e química de microrganismos antigos em três dimensões.
Os cientistas estavam a procura de carbono, o componente chave a para a vida. E em um dos 79 zircões continha grafite (carbono puro) em dois locais.
Mas como eles têm certeza de que esse grafite tem 4,1 bilhões de anos? "Estamos muito confiantes", disse Harrison. "Não há melhor conclusão e ninguém ofereceu uma explicação alternativa plausível para explicar grafite de origem não biológica em um zircão."
O grafite é mais velho do que o próprio zircão que o encapsulou, segundo os pesquisadores. Eles sabem que o zircão tem 4,1 bilhões de anos, com base na sua proporção de urânio, mas apesar de saber que o grafite é mais antigo do que isso, eles não sabem o quanto.
A pesquisa sugere que a vida no Universo poderia ser abundante, disse Harrison. Na Terra, a vida simples parece ter se formado rapidamente, mas provavelmente levou muitos milhões de anos para que ela se desenvolvesse e evoluísse para realizar a fotossíntese, por exemplo. De qualquer forma, a vida no Universo pode ser mais presente do que imaginávamos...
Fonte: DailyGalaxy / UCLA
Imagens: (capa-NASA/Edição:Galeria do Meteorito) / Wikimedia Commons