MARAVILHA DO UNIVERSO

MARAVILHA DO UNIVERSO
Contemple a Maravilha do Universo

domingo, 29 de janeiro de 2017

UMA ONDA NA ATMOSFERA DE VÊNUS PODE SER A MAIOR DE SEU TIPO NO SISTEMA SOLAR

Fenômeno em forma de arco tem 10 mil km de extensão e foi observado de nave espacial japonesa
Astrônomos dizem acreditar que a formação, observada de uma nave espacial japonesa, teria sido gerada de modo "muito semelhante" às ondulações formadas quando a água flui sobre rochas em um leito de riacho.
Nesse caso, a onda é formada pelo fluxo da baixa atmosfera sobre as montanhas de Vênus.
As descobertas foram publicadas na revista científica Nature Geoscience Journal.
Logo depois de entrar na órbita de Vênus, em 2015, a nave espacial Akatsuki registrou um fenômeno em forma de arco na atmosfera superior do planeta por vários dias.
Curiosamente, a estrutura brilhante - que se estende por 10 mil km quase o diâmetro da Terra e permaneceu fixa no topo das nuvens de Vênus.
O fenômeno é surpreende porque na espessa atmosfera superior de Vênus, as nuvens se movimentam a 360 km/h.
Ou seja, se locomovem muito mais rápido do que a lenta rotação do planeta abaixo delas, onde 1 dia dura mais do que o tempo que o planeta leva para orbitar em torno do sol.
Makoto Taguchi, da Universidade de Tóquio, Atsushi Yamazaki, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa) e outros cientistas mostraram que a zona luminosa ficou parada sobre uma região montanhosa na superfície do planeta, conhecida como Aphrodite Terra.
Eles também descobriram que ela era mais quente do que as partes circundantes da atmosfera.
'Fenômeno especial'
Segundo os cientistas, o fenômeno é o resultado de uma onda de gravidade gerada na medida em que a atmosfera mais baixa atravessa as montanhas e se espalha para cima através da atmosfera espessa de Vênus.
As ondas de gravidade ocorrem quando um fluido - como um líquido, gás ou plasma - é deslocado de uma posição de equilíbrio.
"Se um córrego flui sobre uma rocha, as ondas de gravidade se propagam para cima através da água. Na superfície do córrego, seria possível perceber alterações em sua altura", explica à BBC Colin Wilson, cientista planetário da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que não participou da pesquisa.
"Mas o que acontece em Vênus é diferente, porque estamos vendo o fenômeno acontecer em meio a temperaturas máximas nas nuvens. As partículas atmosféricas estão se movimentando para cima e para baixo, tal como as partículas da água", acrescenta.
O estudo, de acordo com os pesquisadores, "mostra uma evidência direta da existência de ondas de gravidade estacionárias (fixas), e também indica que tais ondas de gravidade estacionárias podem ter uma escala muito maior - talvez a maior já observada no Sistema Solar".
"O que torna esse fenômeno especial é que ele se estende de polo a polo em Vênus", destaca Colin.
"Acontece que não há uma formação como essa em Júpiter porque, com a rotação do planeta é muito mais rápida, sua atmosfera é dividida em cinturões. A rotação lenta de Vênus permite, por outro lado, uma formação desse tipo", acrescenta o especialista.
Akatsuki foi lançada em maio de 2010 e chegou à órbita de Vênus em dezembro de 2015
Akatsuki foi lançada em maio de 2010 e chegou à órbita de Vênus em dezembro de 2015
Foto: Akihiro Ikeshita

Ainda não se sabe se as ondas de gravidade geradas pela topografia montanhosa de Vênus podem se movimentar para as partes superiores das nuvens do planeta.
Mas as observações indicam que a dinâmica atmosférica pode ser mais complexa do que os cientistas inicialmente previram.
Wilson participou da missão Venus Express, da Agência Espacial Europeia, que terminou em dezembro de 2014. Perto do fim da expedição, a nave espacial detectou sinais da existência de atividade vulcânica no planeta vizinho da Terra.
"Nossa equipe só viu isso em uma localidade de Vênus. O fato de Akatsuki estar lá por alguns anos e equipada com o tipo correto de câmeras vai permitir potencialmente detectar mais desses eventos vulcânicos ativos", concluiu Wilson.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

GALÁXIA ATIVA NGC 5548 SE ENGASGA COM O SEU GÁS ECLIPSANDO SEU BURACO NEGRO SUPERMASSIVO

 Galáxias ativas podem hospedar buracos negros supermassivos em seus núcleos. A intensa gravidade do buraco negro cria um caldeirão turbulento de extrema física. 
Estas galáxias, tais como NGC 5548 neste estudo,não está muito longe para os fogos de plasma e diretamente fotografada. Por isso os astrônomos usam raios-X e espectroscopia de ultravioleta para inferir o que está a acontecer perto do buraco negro. A nova tendência é a detecção de uma corrente de gás agrupado que tem varrido em frente ao buraco negro, bloqueando a sua radiação. Este olhar profundo em ambiente de um buraco negro dá pistas sobre o comportamento de galáxias ativas.
A equipe da ciência consiste em Algumas galáxias apresentam um núcleo extraordinariamente luminoso, algumas vezes mais luminoso que o resto da galáxia: são os núcleos
ativos (NAs, ou AGN em inglês: active galactic nuclei). Muitas galáxias apresentam um starburst nuclear, algumas vezes muito forte. Mas supõe-se que, nos NAs, a fonte de energia não é a fusão
nuclear nas estrelas, mas sim a captura de matéria por um buraco negro
supermassivo.

sábado, 14 de janeiro de 2017

CERES POSSUI ÁGUA? ELA ESTÁ POR TODA PARTE


Resultados da missão Dawn revelam que nem sempre os asteroides são corpos secos e empoeirados...
Antes mesmo da NASA chegar em Ceres, no ano de 2015, já se sabia que ele não era um típico asteroide seco e empoeirado como imaginamos. Sua densidade de 2.1 g/cm³ é muita baixa para um rocha sólida de silicato. Em 1978, análises espectrais no infravermelho revelaram a presença de água, barro e minerais em sua superfície. Um escaneamento feito pelo observatório espacial Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA) registraram nuvens de vapor de água sendo exaladas por Ceres.
Mas uma surpresa que a sonda Dawn nos revelou é que, apesar de ter alguns pontos brilhantes aqui e ali, o gelo de Ceres não estava exposto em sua superfície em quantidades consideráveis. Então, qualquer quantidade considerável de gelo que Ceres poderia ter estaria escondido em sua profundezas. E o que os cientistas descobriram é que "as profundezas" onde está todo esse gelo fica apenas a 1 ou 2 metros abaixo da superfície, que por sua vez é rica em hidrogênio. Esse composto é explicado pelo gelo subterrâneo. Na verdade, Thomas Prettyman, do Instituto de Ciências Planetárias revelou que as camadas de rochas superficiais de Ceres contém cerca de 10% de água em sua composição.

estrutura interna de Ceres
A sonda Dawn ainda mapeou o planeta anão com seu instrumento GRAND, e mostrou que a quantidade de hidrogênio na superfície de Ceres é 100 vezes superior a do gigante asteroide Vesta, que também foi visitado pela sonda Dawn. Em Ceres, o hidrogênio é encontrado de forma uniforme em todo o globo, com um aumento nas regiões polares. O resultado de todos os estudos mostra: a água em Ceres está por toda parte!
De onde veio tanta água?
A água Ceres não é o resultado de impactos de cometas, e já existe desde sua formação. No início do Sistema Solar, Ceres sofreu um verdadeiro bombardeio de outros asteroides, o que desencadeou energia sinética e uma queda nos elementos radioativos em suas rochas, o que resultou em um núcleo de ferro coberto por uma rocha pouco densa.
estrutura interna de Ceres
Acredita-se ainda que Ceres já possuiu um oceano, ou pelo menos, uma superfície coberta por lama, mas que acabou secando com o passar dos milênios por conta da radiação solar. Isso explica porque a maior parte de seu gelo concentra-se nos polos.
Gelo de água não é comum em sua superfície. E aqueles pontos brilhantes encontrados em Ceres não eram gelo. De acordo com um pronunciamento feito pelo Grupo de Nomenclaturas Planetárias da União Astronômica Internacional (IAU), os pontos brilhantes batizados de Cerealia Facula e Vinalia Faculae provavelmente são depósitos de sal.
E o mais empolgante é que, de acordo com Thomas Prettyman, depósitos de água congelada não existem apenas em Ceres, como também em diversos grandes asteroides do Cinturão. Com isso, percebemos que a água pode não ser tão rara quanto acreditávamos a pouco tempo atrás... e isso é uma ótima notícia para futuras missões de colonização, assim como para o estudo de vida fora da Terra, ao menos, da vida como a conhecemos...

domingo, 8 de janeiro de 2017

HUBBLE OBSERVA RESIDENTE INCOMUM DE CASSIOPÉIA

galáxia espiral bonita nos azuis e ouro
Esta imagem, tomada por / ESA Telescópio Espacial Hubble da NASA da câmera planetária 2 do campo largo , mostra uma galáxia espiral chamada NGC 278. Esta beleza cósmica fica a cerca de 38 milhões de anos-luz de distância na constelação do norte da Cassiopeia (The Queen Sentado).
Enquanto NGC 278 podemos olhar sereno,isso não é nada. A galáxia está passando por uma imensa explosão de formação de estrelas. Esta onda de atividade é mostrado pelos nós azuis em tons inconfundíveis no salpicar dos braços espirais da galáxia, cada um dos quais marcam um aglomerado de estrelas recém-nascidas quentes.
No entanto, a formação de estrelas de NGC 278 é um tanto incomum; ele não se estende às bordas exteriores da galáxia, mas só está ocorrendo dentro de um anel interno algumas 6500 anos-luz de diâmetro. Esta estrutura de duas camadas é visível nesta imagem - enquanto o centro da galáxia é brilhante, suas extremidades são muito mais escura. Esta configuração estranha é pensado para ter sido causado por uma fusão com uma galáxia menor, rica em gás - enquanto o evento turbulento acendeu o centro da NGC 278, das sobras empoeiradas do pequeno lanche então disperso em regiões exteriores da galáxia. Seja qual for a causa, tal anel de formação de estrelas, chamado de anel nuclear , é extremamente incomum em galáxias sem um bar no seu centro, fazendo NGC 278 uma visão muito intrigante.
Crédito da imagem: / ESA Hubble e NASA
crédito Texto: Agência Espacial Europeia